São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2005

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Banco do Brasil, que despende R$ 47 milhões em quatro modalidades, faz auditoria, diz "não" para quem busca novo patrocínio, revê contratos e cancela renovações de parcerias

Crise política trava maior mecenas e assusta esporte

Felipe Varanda - 23.set.04/Folha Imagem
Pedro, sua mãe, Isabel, e suas irmãs Carolina e Maria Clara, que perderam o patrocínio do BB


GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A crise na política atingiu os cofres do esporte. O Banco do Brasil, que, futebol à parte, é o principal mecenas do esporte nacional, faz auditoria para rever programas de patrocínio e já sinaliza cortes.
O cenário recrudesceu quando Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing e ex-presidente do Conselho Deliberativo da Previ, o fundo de pensões da instituição, pediu sua aposentadoria.
Responsável por contratos que renderiam R$ 47 milhões para o vôlei, o vôlei de praia, a vela e o futebol de areia em 2005, Pizzolato deixou o banco no último dia 15, depois de a imprensa ter revelado que, por ordem sua, um contínuo que prestava serviços à Previ sacou R$ 327 mil de uma conta da DNA Propaganda, agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, no Banco Rural.
Sua retirada sacudiu o turbilhão de denúncias que já produzira efeitos práticos na área esportiva.
Em 5 de julho, o banco parou as negociações de contratos de patrocínio. O BB diz que, por enquanto, nenhum novo pedido de apoio ao esporte será avaliado.
Paralelamente, atletas que pediram renovação de parcerias ouviram "não" como resposta -por outro lado, o banco promete cumprir os contratos vigentes.

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