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TÊNIS
Recapitulando
THALES DE MENEZES
No dia 3 de junho deste ano:
"É hora de Kuerten tentar dar
a volta por cima e calar a boca
de seus críticos que já começam
a classificar o título na França
em 1997 de sorte. Ninguém ganha um torneio de Grand Slam
por sorte. E Kuerten pode provar
isso."
No dia 10 de junho:
"Kuerten não desaprendeu a
jogar. E ele joga muito. Tem potencial para voltar ao grupo dos
"top ten' e até sonhar mais alto.
Só precisa jogar. Se é com Larri
ou sem, de penteado rasta ou Bozo, de amarelo ou branco, jogando a raquete no juiz ou dando
uma de bom moço, tanto faz. O
que importa é descer o braço."
No dia 29 de julho:
"Fazendo uma comparação
ideal dos tenistas, imaginando
cada um deles jogando o máximo, em plenas condições físicas,
Gustavo Kuerten é o oitavo melhor tenista do mundo."
No dia 9 de setembro:
"Que Kuerten tem golpes fantásticos, ninguém duvida. Se duvidar, é só rever seus bons jogos.
No entanto, a irregularidade do
tenista desanima até seus fãs
mais xiitas. Não dá mais. Será
tão difícil deixá-lo pronto para
os jogos? Kuerten precisa de
muito preparo mental. Seja de
Larri Passos, Lair Ribeiro, Wanderley Luxemburgo, Walter
Mercado, sei lá, qualquer um."
A recapitulação de trechos publicados nesta coluna durante a
temporada pode parecer preguiça do colunista, mas cumpre a
função de recapitular a gangorra de Gustavo Kuerten.
Sua vitória em Mallorca, que
deu a ele surpreendente espaço
nas primeiras páginas dos jornais em pleno "day after" da
eleição, reforça a confiança que
as pessoas que realmente acompanham o tênis depositam em
Kuerten. Os defensores da tese
do "fogo de palha" sofreram um
duro revés.
Será que foi o embalo em Floripa durante a Davis? Ou Lair Ribeiro e Walter Mercado deram
alguns toques? Não importa. O
certo é que Kuerten de cabeça
boa é outra coisa.
NOTAS
Urubus de plantão
Os detratores de Gustavo
Kuerten são persistentes. Na
sexta-feira, depois da vitória
diante de Sergi Bruguera, um
deles soltou: "Também, o Bruguera já era, despencou no ranking". Claro que o "comentarista" não sabia que, no dia anterior, Bruguera havia derrotado de forma inapelável o "top
ten" Alex Corretja. Enquanto
isso, na TV, o comentário num
jornal na hora do almoço: "Guga ganhou mais uma naquele
torneio de "cabeças-de-bagre'
na Espanha". Tenha dó.
De arrepiar
A final da Grand Slam Cup
entrou direto na lista dos dez
melhores jogos do ano. E isso é
sempre rotina quando Marcelo
Ríos e Andre Agassi fazem seu
duelo de respostas de saque angulosas e agressivas. Cada um
fez o outro correr sem parar.
Ríos recebeu até atendimento
na quadra, com dores no ombro. No final, a vitória do chileno foi nítida questão de idade
-Ríos tem 22 e Agassi, 28.
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