São Paulo, Terça-feira, 07 de Dezembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI
Fracasso na Copa, aliado a maratona de jogos em torneio nacional e Pré-Olímpico castiga jogadores
Superliga estressa seleção masculina

EDUARDO OHATA
da Reportagem Local

O ""inchaço" da Superliga masculina de vôlei, que começa hoje, aliada à obrigatoriedade de o Brasil apresentar uma boa performance no Pré-Olímpico após o fracasso na Copa do Mundo, resulta em uma maratona de jogos que castigará os atletas da seleção.
Na única partida de hoje, a bicampeã Ulbra enfrenta o Palmeiras, às 19h, em Canoas (RS).
A edição deste ano terá a participação de mais dois times, 14, em relação à temporada passada, quando disputaram 12. Isso representa, segundo os cálculos da Confederação Brasileira, 50 jogos a mais, contando turno e returno.
Também, enquanto os demais jogadores estarão aproveitando o recesso da Superliga, entre os próximos dias 23 e 10 de janeiro, a seleção estará disputando o Pré-Olímpico Sul-Americano, que vale uma vaga para Sydney-2000.
Na Copa do Mundo, que valia três vagas para os Jogos Olímpicos, a seleção brasileira fez uma de suas piores campanhas na história: quinto lugar (sete vitórias e quatro derrotas).
Só em 1977 (oitavo) e 1969 (sexto) obteve colocações piores.
Somente no final de semana atletas e comissão técnica retornaram do oriente ao Brasil.
Segundo o técnico Ricardo Navajas, do Report-Nipomed, time que não conta mais com atletas da seleção, além de se recuperar do stress psicológico, seus atletas aproveitarão a folga para recuperar o condicionamento físico.
""Nesse período vamos fazer um trabalho para a Superliga, o que, por falta de tempo, não fizemos após o Paulista. Só tivemos uma semana para isso, 15 dias é o ideal", explica. ""Mas em um ano de Olimpíada, deveriam ser menos jogos, menos desgaste."
Para tentar abrandar os efeitos negativos da maratona de jogos, os atletas da seleção estão tomando precauções especiais.
""Em uma situação como essa é importante a prevenção contra lesões. Vou dar atenção especial aos alongamentos e ao trabalho com peso", diz o atacante Carlão.
Os cuidados adotados pelo jogador da seleção e da Telemig/Minas se estendem até à sua dieta e planejamento do tempo livre.
""Estou comendo menos carne vermelha e mais salada", afirma. ""E cancelei uma viagem que faria agora no fim de ano. Vou ficar em casa, descansando mesmo".
Outros selecionáveis, porém, procuram minimizar as consequências da sequência de jogos.
""O Brasil sempre se classificou via pré-olímpicos, isso não é novidade", comenta Ricardinho, levantador da Unisul e da seleção.
O técnico da seleção, Radamés Lattari, reconhece que o número de partidas não é o ideal. ""É, o período de descanso é necessário. Por isso, em torneios nos quais é permitido, continuarei promovendo o rodízio dos atletas".
NA TV - Ao vivo, às 19h, no Sportv

Texto Anterior: Basquete no Mundo - Melchiades Filho: Os sem-aro
Próximo Texto: Lattari deseja manter base
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.