São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2000


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PAINEL FC


Privilégio
Fifa e COI vão reforçar o lobby para manter seus privilégios fiscais na Suíça. Quando as entidades tinham pouco dinheiro, o governo suíço não se importava. Mas a era do emporte-negócio mudou o enfoque. A isenção do COI está para acabar. A Fifa teme ir pelo mesmo caminho.

Articulação
Clubes paulistas que votaram em Paulo Cheidde, candidato derrotado para a Federação Paulista de Basquete, avaliam se entram com uma ação civil pública ou com um requerimento no Ministério Público pedindo a anulação da eleição. Avaliam que a Lei Pelé foi desrespeitada.

Fraude
Após a eleição, o candidato vencedor, Antonio Chakmati, admitiu que pagou as mensalidades atrasadas do Ourinhos, seu eleitor. Os clubes dizem que isso é uma confissão de fraude. Pela lei, o sistema de recolhimento de votos tem que ser imune a fraudes.

Paz
O presidente da grife Prada, Patrizio Bertelli, vai patrocinar o brasileiro Torben Grael, que tenta ir aos Jogos de Sydney pela classe star. O iatista, que foi o estrategista do barco de Bertelli na disputa da América's Cup, em que venceu as etapas preliminares, mas perdeu a decisão.


Vingança
Sem saber, Alice, mãe de Gustavo Kuerten, foi alvo de um revide chileno. Seus gritos de apoio ao filho eram imitados pela torcida quando o rival ganhava um ponto. No Pan de Winnipeg, essa tática irritou as chilenas, que perderam o ouro para a dupla brasileira.

Gato por lebre
Nem num torneio quase sem estrelas, como o de Santiago, o técnico Larri Passos se contém com a vitória de Kuerten. Para ele, a mídia nacional deveria classificar como ""show" a atuação do pupilo, que só foi ao Chile com a promessa de prêmio de US$ 100 mil se chegasse à final.


Berlinda
Paraná, Botafogo-SP e Juventude esperam o desfecho do caso Gama e o posicionamento da CBF sobre o número de clubes no Brasileiro para saber o que fazer em relação à inclusão na Série A deste ano. Os times caíram no campo, mas querem voltar no tapetão.

Aposta no caos
A avaliação é que, se o Brasileiro tiver mesmo 20 clubes, seja com Gama, seja com o Botafogo-RJ, não haverá o que fazer. Mas, se a CBF abrir uma brecha aumentando para 21 o número de clubes, então os três vão querer entrar também. E as ações na Justiça vão aumentar.

Reengenharia
A exemplo do que ocorre em São Paulo e Belo Horizonte, os maiores clubes do Ceará também querem deixar de jogar no estádio público, o Castelão. Fortaleza e Ceará estão reformando seus antigos locais de jogo, com menor capacidade, para pagar menos aluguel de campo.

Gato valorizado
O volante Marabá, do Goiás, julgado por uso de documentos falsos e inscrição irregular no Brasileiro da Série B, está na mira do Grêmio. Mas a situação do jogador depende do decisão do recurso do Vila Nova pelo TJD.

"Lei Maradona'
A Associação de Futebol Argentino, que sempre se opôs à entrada de empresas nos clubes do país, começa a ceder. Ontem, o comitê executivo da AFA faria uma reunião à noite para decidir se retiram a proibição de os clubes terceirizarem seu futebol profissional.

HMTF
Caso seja aprovado, o chamado Plano de Gerenciamento terá resultados imediatos. O Racing, tradicional clube que foi à falência, deve fechar em poucos dias uma parceria com o fundo HMTF, que evitaria que sua sede vá a leilão.

DIVIDIDA
Do presidente do Botafogo-SP, Ricardo Ribeiro, sobre as cotas de R$ 140 mil que os clubes ""pequenos" receberão na segunda fase do Paulista: - É melhor do que em 99. Mas tem que melhorar muito. As rendas do Paulista dão para dois ou três meses. Mas o clube tem que funcionar o ano todo.

CONTRA-ATAQUE

Batalha área
Em abril de 1996, a seleção olímpica enfrentou a África do Sul em Johannesburgo.
No primeiro tempo, os sul-africanos dominaram os brasileiros. Com um jogo veloz e técnico, perderam chances até marcar, aos 25min.
Aí, o técnico Clive Barker, um ex-jogador, saiu do banco de reservas e, com os braços abertos, entrou correndo no campo.
No banco brasileiro, o técnico Zagallo, se zangou:
- Aviãozinho é demais. Mas ele não perde por esperar, comentou com o preparador físico Luiz Carlos Prima e o supervisor Américo Faria.
Aos 42min, novo gol sul-africano e novo aviãozinho.
No intervalo, Zagallo tirou o meia Jamelli e pôs o volante Zé Elias. A troca deu certo. No segundo tempo, só o Brasil jogou. Descontou aos 11min, e empatou aos 22min.
Quando veio o desempate, aos 42min, Zagallo, Prima e Faria repetiram o gesto de Barker. Após o jogo, Zagallo desabafou:
- Ele fez aviãozinho, e nós fomos logo com uma esquadrilha.
Quando soube da reação de Zagallo, Barker espantado disse:
- Eu comemoro gols assim desde que era jogador. Nunca iria provocar o senhor Zagallo.

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