São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Luizão e Edílson não participaram do último treino antes da partida de hoje contra a Internacional
Foliões bagunçam estréia corintiana

RICARDO PERRONE
da Reportagem Local

O Corinthians teve um dia bagunçado na véspera de sua estréia no Paulista-2000, que acontece hoje, às 20h30, contra a Internacional de Limeira, no Canindé.
O treinamento de ontem foi esvaziado pelos atacantes Luizão e Edílson, dois dos jogadores do clube que aproveitaram o Carnaval para desfilar em escolas de samba e blocos carnavalescos.
Luizão, que anteontem desfilou pela escola Acadêmicos do Salgueiro, no Rio de Janeiro, não apareceu no clube para treinar, às 16h. Edílson, que se recupera de uma contratura na coxa direita, foi liberado para se apresentar só às 17h30 e fez apenas exercícios físicos, sem treinar com os companheiros no campo.
Quando o treino começou, a assessoria de imprensa do clube informou que Luizão não havia justificado a ausência. Após o treinamento, o técnico Oswaldo de Oliveira minimizou o fato de os dois atacantes não terem treinado com a equipe na véspera da estréia na competição.
Segundo ele, Luizão teve problemas no vôo que o trouxe do Rio. O jogador deveria estar em São Paulo às 13h, mas o avião teria voltado para o Rio, após não conseguir aterrissar.
"Não tem problema algum. Qualquer pessoa pode ter problemas com um vôo. O Luizão vai jogar", afirmou o treinador.
O técnico corintiano não quis comentar os motivos de Edílson ter sido liberado para se apresentar depois dos companheiros. "Acho que ele não estava na Bahia", disse o técnico.
Anteontem, Edílson foi criticado pelo médico Joaquim Grava por participar do desfile de blocos em Salvador, apesar da contusão que o tirou dos jogos contra o América do México e a Liga Deportiva do Equador, ambos pela Libertadores.
O meia Edu, improvisado como volante, que estava com Edílson, Vampeta e Dida em Salvador, disse que a folia ajudou os jogadores na preparação para a estréia.
"Nós fizemos de tudo no trio elétrico. Acho até que treinamos mais lá do que aqui", afirmou.

Sem-teto
Na partida de hoje, o Corinthians vai sofrer os efeitos de não ter um estádio em condições de receber seus jogos.
O Pacaembu, adotado como a "casa" da equipe, não poderá ser usado por causa de um acordo da FPF (Federação Paulista de Futebol) com a TV Globo, que detém o direito de explorar as placas de publicidade dos locais dos jogos do campeonato.
Como o Pacaembu é da Prefeitura de São Paulo, a emissora teria que participar de uma licitação para poder explorar as placas. Isso não aconteceu, e o estádio não será aproveitado.
Já o Parque São Jorge, que pertence ao Corinthians, não costuma ser usado. O estádio é considerado pequeno -não tem capacidade para receber pelo menos 20 mil pessoas.
Caso a diretoria não consiga reverter a situação, a equipe será obrigada a jogar em estádios como o Canindé, da Lusa, e o Morumbi, do São Paulo, no campeonato.
Os jogadores não escondem que atuar fora do Pacaembu provoca um desconforto. "A torcida e os jogadores estão acostumados com o Pacaembu. É estranho jogar em outro lugar", disse Edu. Ele afirmou que até hoje só jogou no Canindé duas vezes, sempre contra a Lusa. "No Pacaembu, já jogava quando estava nas categorias amadoras do Corinthians."


Texto Anterior: Com Rincón, Santos estréia com força máxima em Matão
Próximo Texto: Clube ainda sonha com Pacaembu
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.