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Estadual Baiano "derruba' 6 técnicos
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O primeiro turno do Campeonato Baiano, que terminou no último domingo com a conquista do
Bahia, "derrubou" seis técnicos.
Todos os profissionais demitidos trabalhavam em times do interior. O Eunápolis foi a equipe
que mais demitiu técnicos.
Logo na primeira rodada, a diretoria do Eunápolis anunciou a demissão de Byron Humano, apesar
do empate com a Catuense.
Na 2ª rodada, depois de perder
por 3 a 0 para o Juazeiro, o técnico
Soares Barbosa também foi demitido pelos diretores do Eunápolis.
"Não tive tempo para mostrar o
meu trabalho", disse Barbosa.
Apesar das demissões, o Eunápolis continuou fazendo uma péssima campanha no campeonato.
O time terminou o turno em último lugar em seu grupo, com
apenas dois pontos ganhos.
O Eunápolis não venceu nenhum dos seis jogos disputados na
primeira fase da competição e está
ameaçado pelo rebaixamento.
Outro técnico que perdeu o emprego durante o primeiro turno
foi Elias Alves, do Conquista.
Alves foi demitido na terceira
rodada, depois de perder em casa
para o Fluminense (2 a 0).
O Conquista também não está
realizando uma boa campanha no
Baiano. O time está em penúltimo
lugar em seu grupo, com apenas
cinco pontos ganhos.
A quinta rodada "derrubou"
três treinadores -Gilson Porto,
Merica e Jorge Luiz.
Gilson Porto trabalhava no Fluminense de Feira de Santana (108
km de Salvador), uma das mais
tradicionais equipes do interior.
Nos últimos 40 anos, o Fluminense foi a única equipe que quebrou a hegemonia estadual do Bahia e do Vitória. O time foi campeão em 1963 e em 1969.
Porto, ex-ponta esquerda do Corinthians, foi demitido depois que
o time sofreu goleada de 7 a 0 para
o Bahia, na Fonte Nova.
"Foi a maior vergonha que passei em mais de 30 anos de carreira", disse Porto, depois do jogo.
A diretoria da Catuense também
aproveitou a derrota para o Ypiranga (2 a 1) para demitir o técnico
Merica, ex-jogador do Flamengo.
A Catuense é outra equipe que
corre o risco de ser rebaixada para
a segunda divisão. O time está em
último lugar em seu grupo, com
apenas três pontos ganhos.
O último técnico a perder o emprego no primeiro turno do Campeonato Baiano foi Jorge Luiz, do
Poções.
Um dos quatro finalistas do
Baiano do ano passado, Jorge Luiz
foi demitido após a derrota do Poções para o São Francisco (1 a 0).
"A vida do técnico brasileiro está
cada vez mais difícil. Os dirigentes
querem resultados imediatos, e
não trabalho a longo prazo", disse
Evaristo de Macedo, que levou o
Bahia à conquista do turno.
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