São Paulo, quarta, 8 de abril de 1998

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Estadual Baiano "derruba' 6 técnicos

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

O primeiro turno do Campeonato Baiano, que terminou no último domingo com a conquista do Bahia, "derrubou" seis técnicos.
Todos os profissionais demitidos trabalhavam em times do interior. O Eunápolis foi a equipe que mais demitiu técnicos.
Logo na primeira rodada, a diretoria do Eunápolis anunciou a demissão de Byron Humano, apesar do empate com a Catuense.
Na 2ª rodada, depois de perder por 3 a 0 para o Juazeiro, o técnico Soares Barbosa também foi demitido pelos diretores do Eunápolis. "Não tive tempo para mostrar o meu trabalho", disse Barbosa.
Apesar das demissões, o Eunápolis continuou fazendo uma péssima campanha no campeonato.
O time terminou o turno em último lugar em seu grupo, com apenas dois pontos ganhos.
O Eunápolis não venceu nenhum dos seis jogos disputados na primeira fase da competição e está ameaçado pelo rebaixamento.
Outro técnico que perdeu o emprego durante o primeiro turno foi Elias Alves, do Conquista.
Alves foi demitido na terceira rodada, depois de perder em casa para o Fluminense (2 a 0).
O Conquista também não está realizando uma boa campanha no Baiano. O time está em penúltimo lugar em seu grupo, com apenas cinco pontos ganhos.
A quinta rodada "derrubou" três treinadores -Gilson Porto, Merica e Jorge Luiz.
Gilson Porto trabalhava no Fluminense de Feira de Santana (108 km de Salvador), uma das mais tradicionais equipes do interior.
Nos últimos 40 anos, o Fluminense foi a única equipe que quebrou a hegemonia estadual do Bahia e do Vitória. O time foi campeão em 1963 e em 1969.
Porto, ex-ponta esquerda do Corinthians, foi demitido depois que o time sofreu goleada de 7 a 0 para o Bahia, na Fonte Nova.
"Foi a maior vergonha que passei em mais de 30 anos de carreira", disse Porto, depois do jogo.
A diretoria da Catuense também aproveitou a derrota para o Ypiranga (2 a 1) para demitir o técnico Merica, ex-jogador do Flamengo.
A Catuense é outra equipe que corre o risco de ser rebaixada para a segunda divisão. O time está em último lugar em seu grupo, com apenas três pontos ganhos.
O último técnico a perder o emprego no primeiro turno do Campeonato Baiano foi Jorge Luiz, do Poções.
Um dos quatro finalistas do Baiano do ano passado, Jorge Luiz foi demitido após a derrota do Poções para o São Francisco (1 a 0).
"A vida do técnico brasileiro está cada vez mais difícil. Os dirigentes querem resultados imediatos, e não trabalho a longo prazo", disse Evaristo de Macedo, que levou o Bahia à conquista do turno.



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