CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES

A família do ex-jogador Diego Maradona está tendo dificuldades para encontrar uma clínica de recuperação de dependentes químicos que aceite o ídolo do futebol.
"Aceitar um paciente como Diego, para uma instituição, não é uma tarefa fácil. A realidade é que as clínicas têm muito medo de receber um paciente como ele", disse Cláudio Belocopit, diretor da clínica Suíço-Argentina, onde Maradona está internado.
"As clínicas não vêem a internação com bons olhos. Maradona não é um paciente comum", disse. Segundo ele, o jogador deve permanecer na clínica de Buenos Aires nas próximas 48 horas. O último boletim médico informava que seu estado clínico era estável.
Desde que voltou à Suíço-Argentina, na quarta-feira, circularam rumores de que, acometido por uma síndrome de abstinência de cocaína, Maradona teria ficado agressivo, gritado e quebrado lâmpadas e móveis de seu quarto.
O diretor da clínica não confirmou a crise. "Podem ter havido gritos, mas Maradona tem se comportado", disse a jornalistas.
A família não descarta a possibilidade de enviar o ex-craque a uma clínica no exterior, embora prefiram deixá-lo na Argentina. Entre as opções está o Instituto Fleni, na Grande Buenos Aires.
Outras possibilidades incluem a clínica para tratamento de dependentes químicos de Cuba, onde Maradona já esteve internado, e outras instituições na Inglaterra, Canadá e até uma clínica em Antigua e Barbuda, onde teria se internado o músico Eric Clapton.
O diretor da Suíço-Argentina não disse quais foram as instituições que recusaram o jogador.
Também há rumores de que o presidente de Cuba, Fidel Castro, teria posto um avião à disposição para trasladar o ídolo a Cuba.
Maradona foi internado pela primeira vez no dia 18 de abril, com uma crise de hipertensão e miocardiopatia. Posteriormente foi diagnosticada pneumonia aspirativa. Após vários dias respirando com ajuda de aparelhos, deixou a clínica sem alta médica.
Na quarta-feira, ele foi internado após transgressão alimentar.


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