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Seleção não se entende sobre 1º rival
Opiniões divergentes a respeito de como Croácia irá jogar mostram que Brasil desconhece oponente da próxima terça
Enquanto treinador espera
um adversário na ofensiva,
tanto Roberto Carlos como Zé Roberto acreditam que croatas irão contragolpear
DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN
A seleção brasileira não se
entende sobre o time que vai
enfrentar em Berlim na próxima terça, na sua estréia no
Mundial. As opiniões sobre a
Croácia são muito divergentes.
Carlos Alberto Parreira, que
preferiu ver fitas dos jogos do
time a viajar para assistir à longa série de amistosos dos croatas, espera um rival ofensivo.
"Eles chegam com cinco jogadores na frente. Não creio
que abram mão disso na Copa.
Eles vão jogar assim contra a
gente", diz o treinador, que
também conta com os relatos
de seus observadores para armar o time que enfrenta a
Croácia, adversário com quem
o Brasil empatou por 1 a 1 num
amistoso em 2005, em Split.
Roberto Carlos também se
diz por dentro do primeiro rival
na busca pelo hexa. "Vi todos os
amistosos deles", disse o lateral-esquerdo. Mas seu diagnóstico sobre a Croácia é bem diferente do feito por Parreira.
"Eu não espero muito que a
Croácia vá para cima contra o
Brasil. Eles vão jogar no contra-ataque. É difícil acreditar, pela
nossa qualidade, que eles vão
atacar a gente", afirma Roberto
Carlos, que apontou outros
motivos, fora a Croácia, como
preocupação para a estréia.
"Nossa principal preocupação vai ser controlar a ansiedade. Pelo nosso potencial, sei
que vamos fazer gols. Então temos que acertar o posicionamento na defesa."
O volante Zé Roberto também crê em um rival precavido.
Se divergem na forma como a
Croácia vai jogar em Berlim, jogadores e técnico da seleção
brasileira concordam que a parada deve ser dura.
"Nossa chave é complicada.
Creio que só será decidida na
última rodada da primeira fase", exagera Parreira, que, além
dos croatas, terá Japão e Austrália pela frente no Grupo F.
"Eles são bons nas bolas aéreas. Teremos que tomar cuidado", alerta o zagueiro Juan.
A Croácia terminou sua participação nas eliminatórias européias de forma invicta, com
sete vitórias e três empates.
Mas mesmo assim não foi a primeira da sua chave -a honra
coube à Suécia.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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