São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006

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Seleção não se entende sobre 1º rival

Opiniões divergentes a respeito de como Croácia irá jogar mostram que Brasil desconhece oponente da próxima terça

Enquanto treinador espera um adversário na ofensiva, tanto Roberto Carlos como Zé Roberto acreditam que croatas irão contragolpear


DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN

A seleção brasileira não se entende sobre o time que vai enfrentar em Berlim na próxima terça, na sua estréia no Mundial. As opiniões sobre a Croácia são muito divergentes.
Carlos Alberto Parreira, que preferiu ver fitas dos jogos do time a viajar para assistir à longa série de amistosos dos croatas, espera um rival ofensivo.
"Eles chegam com cinco jogadores na frente. Não creio que abram mão disso na Copa. Eles vão jogar assim contra a gente", diz o treinador, que também conta com os relatos de seus observadores para armar o time que enfrenta a Croácia, adversário com quem o Brasil empatou por 1 a 1 num amistoso em 2005, em Split.
Roberto Carlos também se diz por dentro do primeiro rival na busca pelo hexa. "Vi todos os amistosos deles", disse o lateral-esquerdo. Mas seu diagnóstico sobre a Croácia é bem diferente do feito por Parreira.
"Eu não espero muito que a Croácia vá para cima contra o Brasil. Eles vão jogar no contra-ataque. É difícil acreditar, pela nossa qualidade, que eles vão atacar a gente", afirma Roberto Carlos, que apontou outros motivos, fora a Croácia, como preocupação para a estréia.
"Nossa principal preocupação vai ser controlar a ansiedade. Pelo nosso potencial, sei que vamos fazer gols. Então temos que acertar o posicionamento na defesa."
O volante Zé Roberto também crê em um rival precavido.
Se divergem na forma como a Croácia vai jogar em Berlim, jogadores e técnico da seleção brasileira concordam que a parada deve ser dura.
"Nossa chave é complicada. Creio que só será decidida na última rodada da primeira fase", exagera Parreira, que, além dos croatas, terá Japão e Austrália pela frente no Grupo F.
"Eles são bons nas bolas aéreas. Teremos que tomar cuidado", alerta o zagueiro Juan.
A Croácia terminou sua participação nas eliminatórias européias de forma invicta, com sete vitórias e três empates. Mas mesmo assim não foi a primeira da sua chave -a honra coube à Suécia. (EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)

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