DOS ENVIADOS A BERLIM
E DOS ENVIADOS A DUISBURGO

Eles são os pilares de defesas que brilham na Copa da Alemanha. E já fazem isso no mesmo endereço. O italiano Fabio Cannavaro, 32, e o francês Lilian Thuram, 34, jogam juntos há dois anos em uma das zagas mais sólidas do planeta.
Eles são da Juventus de Turim, clube que é famoso por disputar os mesmos jogos sem tantos gols quanto os protagonizados por França e Itália no Mundial da Alemanha.
O time, o maior envolvido do escândalo que atinge o "calcio", é o atual bicampeão italiano. Nessas duas campanhas, fez 76 jogos e sofreu apenas 51 gols. Entre os grandes clubes europeus, só o inglês Chelsea tem desempenho defensivo melhor nas últimas duas temporadas.
Foi em Turim, e com Thuram ao seu lado, que Cannavaro encontrou os títulos que lhe faltavam na Inter de Milão, seu clube anterior.
Sólidos dentro de campo, Cannavaro, que é o capitão da seleção italiana, e Thuram são também líderes de suas equipes fora de campo. O primeiro está à frente de uma campanha anti-racismo no futebol. O segundo foi quem respondeu mais duramente aos ataques de Jean-Marie Le Pen, o líder da ultradireita francesa, que reclamou da falta de brancos na seleção de seu país e por alguns jogadores, como o goleiro Barthez, não cantarem o hino francês antes dos jogos da Copa.
Com as boas performances, os dois companheiros de clube se mostram entusiasmados. "Estou com 34 anos e me sinto como um garoto de dez", disse Thuram, em busca de seu bicampeonato mundial pessoal, após o triunfo sobre Portugal, 1 a 0 nas semifinais. "Todo menino sonha com isso [estar em uma decisão da Copa]. Mais do que um sonho realizado, isso é um milagre na minha vida", afirmou Cannavaro.
Em um Mundial pela terceira vez, ambos foram indicados para a lista dos melhores jogadores da Copa na Alemanha. Cannavaro, principalmente se a Itália ganhar o tetracampeonato, tem grandes chances de ser escolhido como o melhor de todo o torneio.0 (FV, PC, GR E RP)


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