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São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2003

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"Light" festeja Lei Piva e promete colocar a equipe inteira no pódio

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

O judô busca recuperar a partir de hoje no Pan a vocação de grande produtor brasileiro de medalhas na competição, especialmente as de ouro. O esporte perdeu espaço nos Jogos de Winnipeg.
Até Mar del Plata-95, o judô era a terceira modalidade em medalhas de ouro para o Brasil em Pans: 15. Após Winnipeg, quando conquistou apenas um (dez pódios no total), perdeu a posição. Além de se manter atrás do atletismo (32 ouros) e da vela (21), foi superado pela natação (19).
"Chegamos a uma projeção bastante "pés no chão" de que vamos medalhar todos os nossos atletas", declarou Paulo Wanderley, presidente da Confederação Brasileira de Judô, aguardado hoje na República Dominicana.
O dirigente adota postura mais ousada que a dos técnicos. "Só vou ter uma idéia de quantas medalhas vamos fazer após o sorteio dos confrontos", disfarçou o treinador Floriano Paulo Neto.
Wanderley credita parte de seu otimismo ao dinheiro da Lei Piva.
"Desde 2001 estamos garimpando nossa seleção. Mas foi só depois de o dinheiro começar a vir para a confederação que foi possível incrementar treinos e participações internacionais."
Se ajudou por um lado, a Lei Piva causou ao menos uma dor de cabeça à CBJ. No balanço de 2002, a declaração da verba apareceu de forma irregular e seu presidente admitiu ter dificuldades para dar informações sobre o assunto.
Fora as viagens, outro benefício que se tornou possível graças ao dinheiro do governo foi a contratação de nutricionista, que pela primeira vez supervisiona o peso dos atletas, mesmo quando fora de competição. "Agora os atletas não passam mais pelo desgaste de ter de perder dois, três quilos às vésperas de suas lutas", disse Wagner Castropil, médico da seleção brasileira. (EO, GR E JCA)


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