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"Light" festeja Lei Piva e promete colocar a equipe inteira no pódio
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
O judô busca recuperar a partir
de hoje no Pan a vocação de grande produtor brasileiro de medalhas na competição, especialmente as de ouro. O esporte perdeu espaço nos Jogos de Winnipeg.
Até Mar del Plata-95, o judô era
a terceira modalidade em medalhas de ouro para o Brasil em
Pans: 15. Após Winnipeg, quando
conquistou apenas um (dez pódios no total), perdeu a posição.
Além de se manter atrás do atletismo (32 ouros) e da vela (21), foi
superado pela natação (19).
"Chegamos a uma projeção
bastante "pés no chão" de que vamos medalhar todos os nossos
atletas", declarou Paulo Wanderley, presidente da Confederação
Brasileira de Judô, aguardado hoje na República Dominicana.
O dirigente adota postura mais
ousada que a dos técnicos. "Só
vou ter uma idéia de quantas medalhas vamos fazer após o sorteio
dos confrontos", disfarçou o treinador Floriano Paulo Neto.
Wanderley credita parte de seu
otimismo ao dinheiro da Lei Piva.
"Desde 2001 estamos garimpando nossa seleção. Mas foi só
depois de o dinheiro começar a
vir para a confederação que foi
possível incrementar treinos e
participações internacionais."
Se ajudou por um lado, a Lei Piva causou ao menos uma dor de
cabeça à CBJ. No balanço de 2002,
a declaração da verba apareceu de
forma irregular e seu presidente
admitiu ter dificuldades para dar
informações sobre o assunto.
Fora as viagens, outro benefício
que se tornou possível graças ao
dinheiro do governo foi a contratação de nutricionista, que pela
primeira vez supervisiona o peso
dos atletas, mesmo quando fora
de competição. "Agora os atletas
não passam mais pelo desgaste de
ter de perder dois, três quilos às
vésperas de suas lutas", disse
Wagner Castropil, médico da seleção brasileira.
(EO, GR E JCA)
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