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São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2003

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PAN E CIRCO

O ouro e o vento

JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA

Entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas, o país que possui menor porcentagem de ouro é o Brasil.
Então vos pergunto, prateado leitor e bronzeada leitora: Por que os brasileiros raramente sobem no degrau mais alto do pódio?
E eu vos respondo: porque não possuímos centros de excelência?
Isso acontece porque não temos uma política esportiva. No Brasil, os grandes atletas são apoiados por diferentes entidades: clubes, empresas e prefeituras. E não se sabe exatamente o que cada um deles deve ou pode realmente fazer.
Fica tudo no improviso.
Em Cuba, há vários centros de excelência estatais. Nos Estados Unidos, as universidades cumprem este papel.
Mas aqui, tirando-se raríssimas exceções, não há lugares específicos para que os melhores treinem juntos, se aprimorem e cheguem ao nível máximo.
Ficamos, assim, à mercê da natureza, ao sabor dos ventos. E, ao sabor dos ventos, só mesmo o Robert Scheidt.


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