São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2006

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vale a américa

Histórico recente desafia São Paulo na busca do tetra

Dos últimos dez confrontos com o Inter, rival na decisão da Libertadores a partir de hoje, time paulista só ganhou um

Equipe nunca enfrentou, em decisões, adversário com tão bom retrospecto; time gaúcho diz que sua meta era a final e rejeita favoritismo


Antônio Gaudério/Folha Imagem
Ricardo Oliveira em treino do São Paulo, ontem à noite, no Morumbi


TALES TORRAGA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Para buscar sua maior glória, o São Paulo precisará superar, a partir de hoje, às 21h45, no Morumbi, seu pior oponente em uma decisão de Libertadores.
Em busca do tetra na competição, o que deixaria a equipe com o dobro de títulos continentais em relação a três outros times brasileiros (Santos, Cruzeiro e Grêmio), o São Paulo precisará reverter o histórico recente contra o Internacional.
Dos últimos dez jogos entre ambos, o time do Morumbi venceu só um, no Brasileiro-04. Os gaúchos ganharam cinco.
Contando apenas os últimos cinco jogos, a sina são-paulina é ainda mais crítica: quatro derrotas e um único empate. O aproveitamento de 6,7% dos pontos nos cinco recentes confrontos não foi verificado diante de nenhum dos outros rivais em decisões de Libertadores. Quem mais levava vantagem sobre a equipe era o Independiente, da Argentina.
Nos três confrontos anteriores à derrota na final de 1974, o desempenho são-paulino era de 11,1% dos pontos em três jogos: um empate e duas derrotas.
A má sorte contra o Internacional não diminuiu em nada o ímpeto dos mais de 70 mil torcedores que estarão hoje no Morumbi, onde o São Paulo nunca perdeu uma partida de mata-mata na competição e onde nunca cedeu sequer um empate em finais do torneio.
Mas, mesmo levando ampla vantagem no retrospecto contra o rival, o Inter faz questão de jogar o favoritismo para o vestiário contrário. E diz entrar na decisão mais importante de sua história com os ombros leves. "O São Paulo é o favorito. Sempre quem ganhou a competição é o favorito. Nós somos os desafiantes", falou Fernando Carvalho, presidente do clube gaúcho. "A pressão era para chegar à final. Essa era a nossa meta. Não existe mais pressão."
O discurso tem sido adotado em todo o clube desde a semana passada, quando bateu o Libertad (PAR) e passou à final. O Inter, que não conquista nada em âmbito nacional desde a Copa do Brasil de 1992, tenta fugir do ostracismo das últimas duas décadas e retomar sua era de glórias, quando, nos anos 70, tornou-se o primeiro tricampeão brasileiro da história. O Brasileiro não veio, por pouco, no ano passado. Mas o vice foi o suficiente para dar a chance de conquistar a América.
Mas antes será preciso bater o atual campeão do mundo.


Colaborou RODRIGO MATTOS, da Reportagem Local

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