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vale a américa
Histórico recente desafia São Paulo na busca do tetra
Dos últimos dez confrontos com o Inter, rival na decisão da Libertadores a partir de hoje, time paulista só ganhou um
Equipe nunca enfrentou, em decisões, adversário com tão bom retrospecto; time gaúcho diz que sua meta era a final e rejeita favoritismo
Antônio Gaudério/Folha Imagem
![](../images/s0908200601.jpg) |
Ricardo Oliveira em treino do São Paulo, ontem à noite, no Morumbi |
TALES TORRAGA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Para buscar sua maior glória,
o São Paulo precisará superar, a
partir de hoje, às 21h45, no Morumbi, seu pior oponente em
uma decisão de Libertadores.
Em busca do tetra na competição, o que deixaria a equipe
com o dobro de títulos continentais em relação a três outros times brasileiros (Santos,
Cruzeiro e Grêmio), o São Paulo precisará reverter o histórico
recente contra o Internacional.
Dos últimos dez jogos entre
ambos, o time do Morumbi
venceu só um, no Brasileiro-04.
Os gaúchos ganharam cinco.
Contando apenas os últimos
cinco jogos, a sina são-paulina é
ainda mais crítica: quatro derrotas e um único empate.
O aproveitamento de 6,7%
dos pontos nos cinco recentes
confrontos não foi verificado
diante de nenhum dos outros
rivais em decisões de Libertadores. Quem mais levava vantagem sobre a equipe era o Independiente, da Argentina.
Nos três confrontos anteriores
à derrota na final de 1974, o desempenho são-paulino era de
11,1% dos pontos em três jogos:
um empate e duas derrotas.
A má sorte contra o Internacional não diminuiu em nada o
ímpeto dos mais de 70 mil torcedores que estarão hoje no
Morumbi, onde o São Paulo
nunca perdeu uma partida de
mata-mata na competição e
onde nunca cedeu sequer um
empate em finais do torneio.
Mas, mesmo levando ampla
vantagem no retrospecto contra o rival, o Inter faz questão
de jogar o favoritismo para o
vestiário contrário. E diz entrar
na decisão mais importante de
sua história com os ombros leves. "O São Paulo é o favorito.
Sempre quem ganhou a competição é o favorito. Nós somos os
desafiantes", falou Fernando
Carvalho, presidente do clube
gaúcho. "A pressão era para
chegar à final. Essa era a nossa
meta. Não existe mais pressão."
O discurso tem sido adotado
em todo o clube desde a semana passada, quando bateu o Libertad (PAR) e passou à final.
O Inter, que não conquista
nada em âmbito nacional desde
a Copa do Brasil de 1992, tenta
fugir do ostracismo das últimas
duas décadas e retomar sua era
de glórias, quando, nos anos 70,
tornou-se o primeiro tricampeão brasileiro da história. O
Brasileiro não veio, por pouco,
no ano passado. Mas o vice foi o
suficiente para dar a chance de
conquistar a América.
Mas antes será preciso bater
o atual campeão do mundo.
Colaborou RODRIGO MATTOS, da Reportagem Local
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