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Brasil vai do ocaso à coqueluche
DO ENVIADO A MARACAIBO
Atração em todo planeta, o Brasil já jogou para 8.000 torcedores
em jogo de eliminatória para Copa na Venezuela e passava despercebido pelo seu vizinho.
Nada disso se repete em Maracaibo. As 35 mil entradas para o
jogo de hoje se esgotaram em
poucas horas. É impossível encontrar lugar em um hotel na
quente cidade -existe, segundo a
meteorologia, a possibilidade de
uma forte chuva na hora do jogo.
O entusiasmo venezuelano causou problemas para a segurança
da seleção. Os fãs locais foram
mais espertos do que em outros
países sul-americanos, nos quais
a delegação pega um ônibus ainda
na pista e dribla a curiosidade da
multidão que vai aos aeroportos.
Em Maracaibo, os torcedores ficaram na porta do hotel. Quando
o ônibus chegou o tumulto foi generalizado, com centenas de torcedores cercando os atletas brasileiros -uma mulher desmaiou.
"Geralmente tomamos precauções, mas desta vez não funcionou", declarou o técnico Parreira.
Ontem, com o hotel superlotado, cada jogador andava acompanhado de seguranças e, para proteger os atletas, normas básicas de
segurança foram desrespeitadas.
Para evitar invasores no andar
reservado à seleção, o hotel fechou todas suas escadas, inclusive
as de emergência. Para subir ou
descer dos andares, somente dois
elevadores -e grandes filas.
No treino, um garoto de cerca
de 10 anos invadiu o campo e
abraçou Ronaldinho.
(PC)
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