DA REPORTAGEM LOCAL

Viagens em ônibus da prefeitura, funcionários públicos emprestados ao clube, cessão do estádio municipal, ajuda na obtenção de patrocínios.
Se não aparece dentro de campo, o poder público municipal tem sido uma das alavancas da surpreendente campanha do São Caetano na Copa João Havelange.
A estreita relação entre o clube e a Prefeitura de São Caetano do Sul (Grande São Paulo) começa na dupla dedicação dos principais dirigentes de um e de outro.
O prefeito Luiz Tortorello (PTB), reeleito no primeiro turno nas eleições e que assumirá o comando da cidade pela terceira vez, é presidente de honra do São Caetano.
Já o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, integra o primeiro escalão da administração de Tortorello, como diretor do Deplan (Departamento de Planejamento).
Jaime Tortorello, irmão do prefeito, foi um dos fundadores do clube, há 11 anos.
"Em relação ao futebol profissional, a prefeitura só cede o estádio e dá transporte. Damos o que é comum e normal a toda cidade", argumenta o prefeito, ele próprio um ex-presidente do clube.
As divisões de base do São Caetano são mantidas pela prefeitura, que cede funcionários para as equipes e banca alojamento e alimentação dos atletas. "A gente tem investido muito, tanto no amador quanto no profissional, porque o esporte une a cidade, torna as pessoas solidárias", afirma Luiz Tortorello, palmeirense fanático que divide a paixão clubística com o São Caetano.
"Anteontem (quarta-feira), torci para o Palmeiras contra o Vasco (na final da Copa Mercosul). Mas amanhã (hoje) claro que serei São Caetano.
De acordo com Tortorello, a prefeitura investe cerca de R$ 9 milhões do orçamento anual de R$ 180 milhões em esporte.
O município banca parte da carreira de atletas de renome, como os medalhistas olímpicos Claudinei Quirino (atletismo), Carlos Honorato e Tiago Camilo (judô), além da também judoca Edinanci Silva. (FV e LS)


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