MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

O volante Vampeta pretende recusar a proposta de reforma de seu contrato com o Corinthians, que será discutida hoje, em uma reunião entre dirigentes do clube e o empresário do jogador, Reinaldo Pitta. Ele quer ir para a Europa na temporada que terá início no meio do ano.
O jogador não deve sequer aceitar a oferta de aumento de salário, dos atuais R$ 30 mil para R$ 120 mil (não declarados).
A decisão foi confirmada ontem por Pitta. ""O salário do Vampeta está defasado há muito tempo, mas não compensa para ele ter um aumento agora com a condição de prorrogar o seu contrato no Corinthians por mais três ou quatro anos", disse o empresário.
O atleta deve recusar, até mesmo, a proposta do clube de dobrar os 15% a que ele teria direito dos US$ 5 milhões (R$ 9 milhões) pela aquisição de seu passe junto ao banco espanhol Bilbao Vizcaya, em julho.
Pela oferta corintiana, ele receberia US$ 1,5 milhão, mas perderia o direito de receber os 15% em uma futura transação dentro de 30 meses. Com a oferta européia, em torno de US$ 20 milhões, Vampeta receberia de luvas US$ 3 milhões. Além disso, o futuro clube do jogador ressarciria a diferença de salário.
O mais provável é que o Vampeta se transfira para o Milan, da Itália, conforme apurou a Folha. Os italianos, no entanto, não confirmam a contratação.
A Fiorentina, uma das primeiras equipes a manifestar interesse pelo volante corintiano -que defendeu a seleção brasileira na Copa América e na Copa das Confederações, no ano passado-, foi descartada pelo próprio Vampeta, que, segundo Pitta, ""exige um time de primeira linha".
A negociação está sendo mantida em sigilo para evitar problemas com a torcida corintiana.
""Não dá para anunciar a venda do jogador enquanto ele estiver atuando no Corinthians. É complicado. A torcida, com certeza, pegaria no seu pé, achando que ele não está jogando como deveria só porque foi vendido."
Segundo ele, Vampeta só não tomou uma atitude drástica no Corinthians, a exemplo do volante Rincón, que pediu rescisão de contrato por carta, por ""questões éticas" (leia texto nesta página).
Imitando o procedimento adotado com Rincón, o Corinthians ameaça dificultar a saída do jogador, exigindo uma proposta formal de um clube para negociá-lo, e não da empresa de Pitta. ""Isso não é cabível porque sou agente da Fifa", disse o empresário.



Texto Anterior: Corinthians perde melhor dupla de volantes do país
Próximo Texto: Jogador ameaça imitar colombiano
Índice