TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A temporada da Indy começa hoje, às 18h (de Brasília), com o GP de Monterrey, e, pela primeira vez em seus 24 anos de história, a categoria não verá o time campeão do ano anterior na pista.
Com a transferência da Penske para a rival IRL, o desafio das 12 equipes inscritas no campeonato será preencher o vazio deixado pela saída da escuderia mais vitoriosa da história da categoria -em 23 temporadas, o time obteve 96 vitórias e nove títulos.
Para ocupar o posto, surgem duas favoritas: a Newman-Haas, que conta com os brasileiros Cristiano da Matta e Christian Fittipaldi, e a Ganassi, de Bruno Junqueira e do sueco Kenny Brack.
A primeira, após a saída da Penske, tornou-se a equipe em atividade com mais vitórias na Indy. Foram 61 triunfos, três deles no ano passado. A Ganassi vem em segundo lugar, com 44 conquistas -apenas uma em 2001.
"Acho que a palavra-chave é consistência. Na Indy, você não tem chance se não for consistente na temporada", afirmou Christian, na categoria há oito anos.
Da Matta, que ganhou as duas últimas corridas do ano passado -Austrália e Fontana-, foi um dos mais rápidos durante os testes da pré-temporada e é apontado como um dos favoritos ao título de 2002. No ano passado, em sua estréia na Newman-Haas, o mineiro venceu a prova mexicana.
"Gosto da idéia de ser considerado favorito. Isso é o reconhecimento do meu trabalho, do trabalho da equipe", afirmou Da Matta. "Acho que tenho feito um bom trabalho, tenho corrido bem em todos os tipos de pista e isso faz com que eu me sinta bem", disse.
"Mas o campeonato é longo e muitas coisas têm que dar certo para você conquistar o título."
Outro bem cotado é Kenny Brack, vice-campeão em 2001, que trocou a Rahal pela Ganassi.
O sueco, que venceu quatro provas no ano passado, não se considera favorito ao título. "Eu não vejo as coisas desta forma. Se você já entra pensando que vai ganhar alguma coisa, você acaba perdendo", declarou Brack.
"Tenho que me preparar, fazer o melhor possível para vencer. Mas eu acho que nós temos as mesmas possibilidades que as outras equipes", completou.
"Estou muito confiante para esta temporada. Nós fomos bem na pré-temporada. Agora que eu tenho um ano de experiência com o time acho que podemos lutar pelo campeonato", disse Junqueira.
O mineiro, que na temporada passada foi companheiro de equipe do francês Nicolas Minassian, substituído no meio do ano por Memo Gidley, comemorou a chegada de um parceiro forte.
"Acho muito bom ter um companheiro de equipe rápido, pois assim podemos trocar informações e um estimula o outro."



Texto Anterior: Futebol - Tostão: Comportamento emocional
Próximo Texto: Fernandez larga na pole em GP de Monterrey
Índice