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JUCA KFOURI
Upa, Marcelinho!
Upa, Marcelinho, no campo,
upa, pra lá e pra cá. Vixe que
coisa mais linda, upa Marcelinho, recomeçando a marcar.
A lembrança do sucesso de
Ellis Regina não é gratuita.
Marcelinho, afinal, comemora seus gols tal e qual a maior
cantora da história brasileira
cantava no começo de sua
carreira, o "Arrastão", principalmente.
Parecia um helicóptero, tamanha a movimentação dos
braços que, um pouco mais, a
faria voar.
E Marcelinho faz igual, voa
com os sete gols marcados em
quatro jogos.
Mas o arrastão corintiano
não tem sido só Marcelinho,
pão e vinho.
Tem sido também o goleiro
Nei, o extraordinário Gamarra, de gama e garra, Silvinho,
Rincón, Vampeta, Edílson e,
sobretudo, a filosofia técnica e
tática de Wanderley Luxemburgo, que parece ter perdido
a corrida para a seleção brasileira, preterido por Paulo César Carpegiani.
Luxemburgo, sem a mesma
qualidade de material humano de então, já vai fazendo do
Corinthians uma máquina de
jogar futebol como fez do Palmeiras, principalmente no
Paulistão de 1996.
O Galo que o diga.
O placar moral do jogo de
sábado, no Mineirão com
quase 30 mil torcedores, foi 10
a 3, tantas as chances desperdiçadas pelos paulistas, tantas as defesas de Nei.
Ia bem a entrevista do holandês Cees Van Nieunwenhuizen, homem-forte da Nike, ao "O Globo" no domingo,
ele que tentava mostrar que
sua empresa estava sendo vítima de uma injustiça por
parte da imprensa brasileira.
Até que, porém, disse que
Ronaldinho estava proibido
de fazer anúncios de cigarros
e bebidas e justificou que a
campanha que ele faz para
Brahma "é uma exceção, porque discute-se se cerveja é ou
não uma bebida alcoólica".
Só se for na casa do senhor
Cees. A cerveja é tão alcoólica
que bota em seu rótulo o teor
de álcool que possui e fabrica
uma versão sem álcool.
Daí para frente, e, por consequência, daí para trás, não
deu mais para acreditar em
nada dito pelo executivo da
multinacional.
Não é por nada não, mas
também na quarta rodada os
visitantes se deram bem.
Em 11 jogos, só dois anfitriões ganharam (o Inter e o
Goiás), houve quatro empates
e cinco visitantes (Santos,
Cruzeiro, Bragantino, América-MG e Corinthians) venceram.
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