DA REPORTAGEM LOCAL

A alteração na forma de jogar santista coincidiu com a volta do goleiro Fábio Costa ao gol da equipe, após cinco meses se recuperando de operação.
Famoso por seus arroubos dentro e fora de campo, ele afirma que agora está mudado.
"Minha essência é ser sempre um guerreiro, mas agora estou mais comedido", analisa. "A lesão foi um divisor de águas. Deu para repensar muitas coisas. Estou dosando mais."
Entre suas polêmicas, está perseguir torcedores que o xingaram, denunciar companheiros boêmios e provocar brigas generalizadas -esta última na época em que jogava no Vitória, time que defendeu até 2000.
Desde seu retorno, contra o São Paulo nas quartas-de-final, seu único atrito foi com Guilherme. Em uma reposição de bola, o goleiro fez cera e foi chutado pelo corintiano.
O gesto fez a torcida santista gritar "assassino", em referência ao acidente automobilístico que vitimou duas pessoas e no qual o atacante estava envolvido. "Isso ele vai ter de carregar para o resto da carreira. Espero que o caso seja esclarecido e que ele siga jogando bem."
Fábio Costa, 25, que levou só três gols nas cinco partidas que disputou, não poupa elogios à defesa. "Mostrou força de grupo e tem excelentes peças de reposição. Preto e Michel entraram muito bem no jogo e não deixaram o Corinthians jogar."
Aproveitando a brecha pela contusão de Júlio Sérgio (titular durante a primeira fase) e uma má atuação de Rafael (contra o São Caetano, na última rodada da fase regular), ele conseguiu a confiança do técnico Leão para vestir as luvas por seu espírito de liderança.
O próprio Leão quando era goleiro tinha perfil similar ao de Fábio Costa: voluntarioso para defender e para atacar. "Ele exige bastante, afinal, sabe muito sobre a posição." (RB)


Texto Anterior: Nas finais, meninos da Vila jogam como homens
Próximo Texto: Defesa corintiana fica mais frouxa
Índice