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AÇÃO
Campeão, e coroa
CARLOS SARLI
Encerra-se hoje, na Austrália,
o primeiro dia da 28ª edição do
Circuito Mundial de Surfe Profissional. De 76 para cá, foram 11
campeões, como Peter Townend,
o primeiro, Mark Richards, o recordista, Tom Curren, responsável por encerrar a hegemonia
australiana, e o atual, Kelly Slater, o maior de todos.
Por muito tempo, o circuito
consagrou também um formato
que privilegiava os Top 16. Eles
eram praticamente intocáveis.
Só entravam na água depois que
os trialistas já haviam ralado
em diversas baterias, e, por fim,
disputando com os Back 14 mais
dois convidados o direito de enfrentá-los. Esse modelo que perpetuava a elite foi estabelecido
pela IPS (International Professional Surfing) e mantido pela
ASP desde sua fundação, em 83,
até o começo desta década, com
uma diferença -o número de
etapas dobrou.
Em 92, o circuito passou a ter
duas divisões, a principal
(WCT) e a de acesso (WQS). O
novo critério pretendia estimular a renovação, que se efetivou
parcialmente, uma vez que a
maioria dos atletas disputava os
dois rankings para se garantir
na elite. Novas mudanças estão
em curso em 99, mas o principal
objetivo não é estimular novos
talentos, e sim resgatar velhos.
Mais quatro vagas (três do
WCT e uma do WQS) passarão a
ser ocupadas por convidados. A
partir do ano que vem, os 25 melhores do WCT, em vez dos 28
atuais, e os 15 melhores do WQS
formarão a elite mundial (Top
40), juntando-se a eles oito convidados por etapa.
Os quatro novos "wild cards"
vão para ex-campeões mundiais. Uma estratégia de marketing apropriada para tornar o
circuito mais atraente para o
público, especialmente o da TV.
Mudanças como essa podem
contribuir para o sucesso comercial do Tour, que tem evoluído.
Em 76, foram US$ 65 mil em prêmios, contra US$ 1,6 milhão neste ano. Um crescimento significativo, mas ainda muito aquém
do tamanho da indústria.
NOTAS
WQS
O californiano Taylor Knox
estragou a festa dos australianos na final da sétima etapa do
circuito de acesso, disputada
em ondas pequenas no domingo em Newcastle.
Único estrangeiro entre os oito finalistas, Knox demonstrou
disposição para recuperar a vaga perdida neste ano.
Já é o segundo no ranking liderado pelo brasileiro Armando Daltro.
Heliboard
Snowboarders/aventureiros,
os irmãos Oskar e Leonardo
Metsavah acabam de retornar
do Alasca, o Havaí do surfe na
neve.
Segundo apuraram, foram os
primeiros brasileiros por lá,
onde só se pratica o esporte subindo de helicóptero, ao custo
diário de US$ 450 per capita.
A trip foi tão boa que eles voltam com o cinegrafista Silvestre Camp em abril para realizar
um documentário.
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