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ADMINISTRAÇÃO
Equipes do clube vivem fase irregular no basquete e no vôlei
Falta de salário faz Vasco
tropeçar em competições
ADALBERTO LEISTER FILHO
ERICH BETING
DA REPORTAGEM LOCAL
Favorito aos títulos da Superliga
de vôlei e do Nacional de basquete
masculino e feminino, o Vasco
sente, dentro de quadra, os efeitos
de sua crise econômica.
Com campanhas iniciais impecáveis, os times vascaínos colecionam tropeços nos últimos dias.
No basquete masculino, o clube
perdeu dois dos três últimos jogos
-venceu Casa Branca, na terça,
após decisão muito contestada da
arbitragem, no último lance.
Anteriormente, perdera para o
Fluminense, que não vencia o rival havia mais de dez anos, e para
o Tilibra-Copimax/Bauru.
O time, que vinha liderando o
Nacional masculino, já foi ultrapassado por Unit/Uberlândia e
COC/Ribeirão Preto. Na Liga Sul-Americana, o Vasco perdeu anteontem, em casa, para o Estudiantes (ARG) por 91 a 67, e complicou muito sua situação.
"Continuamos lutando. Mas as
dificuldades são enormes", reconhece o técnico Hélio Rubens.
O treinador perdeu dois jogadores importantes da equipe. O pivô
dominicano Vargas recebeu uma
proposta vantajosa e seguiu para
o Trotamundos (Venezuela).
Já o armador Charles Byrd viajou para os EUA no Carnaval. Não
voltou mais. Oficialmente, está visitando a mãe doente. Mas alguns
jogadores da equipe já não contam com sua volta.
No basquete feminino, mesmo
contando com a ala Janeth, maior
estrela da modalidade no país, o
time perdeu a chance de se isolar
na liderança do Nacional. Na segunda-feira, perdeu a invencibilidade ao ser derrotado pelo Santo
André por 88 a 80.
O time está mais econômico em
relação ao que foi campeão do Estadual do Rio, no ano passado.
Saíram as duas estrangeiras: Elena Tornikidou e Astou Ndiaye.
Apesar disso, o elenco está com
dois meses de salários atrasados
-a comissão técnica não recebe
há quatro. "Acho que isso não afeta o time dentro de quadra. Mas
prejudica na hora da preparação.
Tem muita jogadora que sustenta
a família", afirmou a técnica Maria Helena Cardoso.
No vôlei, os vascaínos também
tiveram problemas. Mas, para
Marcos Lerbach, técnico do time
masculino, os atrasos não interferem no rendimento. "No começo
atrapalhou, mas nos reunimos
com os dirigentes do clube, que
prometeram fazer esforços para
nos pagar", contou ele.
Segundo Lerbach, após a reunião ficou decidido que os atletas
relegariam a questão a um segundo plano. "Mas é lógico que existe
um problema", ponderou.
O atraso de salário se deu durante a disputa da Superliga.
Coincidentemente, o rendimento
do Vasco caiu no segundo turno.
A equipe venceu seis jogos e perdeu cinco. No primeiro turno, a
campanha tinha sido de nove vitórias e apenas três derrotas.
A posição da equipe na tabela
também piorou. Depois de ficar
em segundo no turno, o time agora disputa com o Banespa o quarto lugar, que dá o direito de decidir em casa nas quartas-de-final.
Se o masculino vive um período
instável, no feminino as perspectivas são melhores. O time terminou a primeira fase na liderança.
O rendimento nos últimos jogos, porém, caiu. Na última rodada, uma derrota em casa para o
Rexona. Para a técnica Isabel, a
falta de dinheiro não é problema
para o time, que já conviveu com
a desistência da líbero Sandra,
que não queria ficar sem receber.
Segundo ela, a fase da equipe
não permite pensar em dinheiro.
"Estamos vivendo um momento
tão intenso que não dá para pensar nisso", afirmou Isabel.
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