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Time decide trilha sonora
da Reportagem Local
Os mecânicos das equipes são
os que decidem a trilha sonora
da F-1. Com as canções do Kiss
ausentes do repertório, a música nos boxes varia do rock de
garagem da Sauber até o tecno
na Ferrari e na BAR.
Mas há escuderias, como a
britânica McLaren e a italiana
Minardi, que proíbem CD players e rádios em sua oficina e se
queixam das canções vindas
dos vizinhos.
""Queremos passar uma imagem de equipe profissional,
limpa e compacta. Música em
horário de trabalho não combina com esse conceito", afirma
inglês Steve Cook, da equipe de
apoio da McLaren.
Mas, no box ao lado, os membros da Benetton montam os
carros ao som dos conjuntos de
rock Ash e Cardigans.
Na Minardi, a proibição da
música foi uma exigência dos
chefes e engenheiros da escuderia. Pena que ao lado está a
barulhenta Sauber, cujos mecânicos adoram rock da década
de 70, como o punk do Sex Pistols e o rock'n'roll básico do
Thin Lizzy.
""Se fosse por mim, ouviríamos mais Beatles e música típica suíça, mas sou minoria",
afirma Gustav Buisang, assessor de imprensa da Sauber, cuja sede é nos Alpes.
Só rivalizam com a equipe
suíça em termos de barulho a
inglesa Arrows, com seu rock
de garagem, e a BAR (British
American Racing), adepta da
música eletrônica.
""O segredo no automobilismo é fazer tudo rápido. Para isso, a música acelerada ajuda",
afirma Marc Willes, mecânico
da BAR.
Na Arrows, o hit é ""Flat Eric",
do grupo Mr. Oizo, sucesso nas
rádios da Inglaterra depois de
aparecer como tema musical
da campanha publicitária européia da calça Levi's.
Na Ferrari, a trilha sonora inclui funk, tecno e só um pouco
de música italiana (o único é o
cantor pop Eros Ramazotti).
Já na Williams, estão em alta
o pop de cantoras como a canadense Alanis Morisette e a islandesa Bjork.
Como se pode ver, a música
das pessoas que fazem o automobilismo está bem longe da
pastosa ""Tema da Vitória",
música criada pela televisão
brasileira para homenagear o
piloto Ayrton Senna, morto em
acidente em 1994.
(RB)
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