São Paulo, Domingo, 11 de Abril de 1999
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FUTEBOL
Ataque do time que pega o União Barbarense hoje melhorou 31% em relação a 1998, mas a zaga piorou 65%
Corinthians usa jogo para corrigir defesa

MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

O Corinthians tenta hoje, na partida contra o União Barbarense, às 16h, no Canindé, pelo Campeonato Paulista, mostrar que está conseguindo organizar a sua defesa, a a principal culpada pela instabilidade do time nesta temporada 99.
A equipe já perdeu 9 dos 22 jogos que fez. A média de gols sofridos pelo time neste ano é de 1,91 por partida, um aumento de 65% em relação ao ano passado, quando a equipe levou, também em média, 1,16 gol por jogo.
A desculpa de início de temporada não tem respaldo nos números.
Nos primeiros 22 jogos do ano passado, o time teve média de apenas 1,30 gol sofrido por partida.
Já o ataque melhorou seu desempenho, passando de 1,53 gol por jogo na temporada passada para 2 em 99, o que significa uma variação positiva de 31%.
O principal motivo para essa derrocada defensiva do time-a contusão do zagueiro Batata- não serve como única justificativa, segundo as estatísticas.
Antes da sua contusão, na partida contra o São Paulo, pelo Paulista, a média de gols sofridos do time era de 2,18 por jogo.
Sem Batata, a média diminuiu para 1,72 por jogo, ainda bem acima do número do ano passado.
Em 98, o zagueiro Cris, que vem sendo apontado pela torcida como responsável pelas falhas da defesa, era o parceiro de Gamarra, em uma dupla bem-sucedida que o técnico Wanderley Luxemburgo manteve até o final do Campeonato Paulista.
Na vitória por 4 a 0 sobre o Olimpia, na noite de anteontem, que garantiu o primeiro lugar no Grupo 3 da Taça Libertadores da América, Márcio Costa substituiu Cris, e o time não sofreu gols.
""Acho que o que tem atrapalhado neste ano é o acúmulo de jogos. Em 98, nunca joguei tantas partidas seguidas. Outro fator foi a troca de treinador e o fato de não termos feitos pré-temporada todos juntos. Tudo isso influencia", afirmou o zagueiro Gamarra.
O auxiliar técnico Oswaldo de Oliveira, que foi treinador do Corinthians até a contratação de Evaristo de Macedo, atribui à preparação os problemas com a defesa. ""Em 98, tivemos uma pré-temporada de três semanas, com vários amistosos. Este ano, foram três dias, sem nenhum amistoso."
Já Evaristo diz que sua preocupação não é a de não tomar gols, mas sim a de fazer mais gols.
""Não podemos culpar a defesa por esse problema. A responsabilidade tem que ser dividida entre todos", afirmou o meia-atacante Marcelinho.


Colaborou Paulo Cobos, da Reportagem Local


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