da Reportagem Local

Muitos gols com nível técnico pior que do ano passado. Este é o resumo do Campeonato Paulista de 1998 disputado no gramado.
Dividido em duas fases, a primeira com os clubes pequenos mais a Lusa, e a segunda com os melhores da primeira fase mais Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, o torneio teve a melhor média de gols dos últimos 30 anos -3,56 por partida.
Este número só não foi maior devido ao baixo rendimento ofensivo de dois dos grandes clubes do Estado. Corinthians e Palmeiras, os dois melhores ataques da competição em 97, com médias de 2,23 e 2,27 gols por jogo, respectivamente, tiveram esse ano um rendimento pior.
O ataque corintiano foi 23,5% pior, com uma média de 1,71 por partida. O palmeirense foi menos pior, com queda de 19%, caindo para 1,83 por jogo.
Já clubes do interior, como o Guarani , aumentaram sua produtividade ofensiva.
O time da Campinas melhorou sua média em 18%, de 1,61 para 1,90 gol por partida.
Já pelos números do Datafolha, que acompanha todas as estatísticas do campeonato, o Paulista-98 não teve o mesmo sucesso técnico.
Nos cinco principais levantamentos, os números do torneio em 98 foram piores que no ano passado.
Nos passes, a queda foi de 3%. Nos desarmes foi de 5%. Contra as 24 faltas cometidas na edição de 97, o Paulista-98 teve 25.
O número de finalizações teve uma pequena queda: 17 contra 17,2 por jogo.
Mas a pior queda foi no tempo de bola rolando. Quebrado uma tendência de cinco anos, este Paulista teve, em média, cinco minutos a menos por jogo.
Para os times do interior, com exceção do bom desempenho ofensivo, o Paulista-98 foi mais um campeonato de fracassos.
Pelo segundo ano consecutivo nenhum deles está entre os cinco primeiros colocados, posições ocupadas por São Paulo, Corinthians, Lusa, Palmeiras e Santos.
Um deles, o São José, terminou a segunda fase, a que teve a participação dos grandes, sem vitórias, o que aconteceu pela última vez em 1976, quando o Marília também não venceu nenhum jogo.



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