|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Renault já planeja seu retorno à categoria
do enviado a Barcelona
A francesa Renault, seis vezes
campeã mundial de construtores
nesta década e que abandonou a
F-1 no final do ano passado, está
reconsiderando sua decisão.
E já planeja seu retorno à categoria, que deve acontecer até o ano
2000, quando poderá estar completo seu processo de privatização.
Um dos obstáculos da montadora na F-1 eram os custos. Alimentava dois times de ponta, Williams
e Benetton, com um orçamento de
US$ 150 milhões anuais.
A cifra incomodava o governo e
os sindicatos franceses. E, sob
pressão, a montadora acabou
abandonando a competição, alegando que "só era notícia quando
perdia", célebre frase de Patrick
Faure, presidente da Renault
Sports, o braço esportivo da empresa que continua ativo.
Atualmente, a maioria de seus
técnicos trabalham como contratados da Mecachrome, sua preparadora de motores, que assumiu o
fornecimento para Williams e Benetton nesta temporada.
Sabendo que a pressão interna
deve acabar com a empresa totalmente privatizada, a cúpula da Renault já vem trabalhando no planejamento da reentrada.
O ganho de imagem de 1989 a
1997, período de sua última passagem pela categoria, é incalculável,
segundo seus próprios executivos.
E, com boa parte da concorrência anunciando a intenção de chegar à F-1 (BMW, Honda, Volkswagen) antes do final do século, a decisão da Renault é questão fechada, segundo alguns analistas.
Resta decidir, porém, onde colocar os vencedores motores da família RS. Das equipes de ponta,
apenas a Benetton está sem fornecedor. Mas o time de David Richards já é objeto de disputa, especula-se, entre Ford e Volkswagen.
Entre as equipes médias, a Prost
está fechada com a rival Peugeot e
a Jordan poderia ser adquirida pela Honda, caso o fabricante japonês resolva economizar na montagem de uma estrutura própria.
A Tyrrell, comprada por uma
empresa de cigarros, é outra que
estaria conversando com os japoneses -Craig Pollock, seu diretor, tem boas relações com a Honda, para a qual já trabalhou.
Nesse inóspito cenário, a decisão
da Renault encontra um único
problema, o prazo. Se demorar,
pode acabar sem espaço.
(JHM)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|