São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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SONINHA

Não é São Paulo x América, é Brasil x China

Depois da goleada de sábado, muitos reclamaram do meu pessimismo, "destrutivismo" ou má vontade com a seleção. Não é nada disso, eu simplesmente não gostei do jogo. Se vi defeitos na estréia da Argentina, por que me contentaria com pouco quando se trata de Brasil?
Quando fizemos aquele amistoso contra a Bolívia, em que Kleberson, Gilberto Silva e A. Polga jogaram muito bem, eu reconheci: o adversário era uma "baba", mas nem sempre se é capaz de jogar bem contra um time ruim. Embora só um dos seis gols tenha sido marcado por um atacante, eu achei que o Brasil teve leveza, ousadia, talento e eficiência.
Não vi essa facilidade toda contra a China. Houve bons momentos individuais e os lances de gol foram interessantes, mas ainda assim o time não me agradou. Lembro de uma vitória do São Paulo sobre o América por 4 a 1, com lindo gol do Kaká. Ninguém ficou bravo quando eu disse: "O São Paulo jogou para o gasto". Aliás, mesmo quando o São Paulo dava espetáculo, todos insistiam: "Quero ver quando pegar alguém mais forte". Não é muito diferente do que ocorre agora, e não é o São Paulo, é a seleção!
Acho um absurdo o Brasil renunciar ao jogo, como fez no segundo tempo, e ainda por cima errar dribles e passes bobos de lado e permitir contra-ataques (da China!). Mas quando a seleção jogar bem, não terei nenhum problema em reconhecer. Ao contrário, ficarei muito feliz.

soninha.folha@uol.com.br



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