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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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Handebol faz clássico por vaga olímpica

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

O velho Brasil x Argentina está de volta. Ainda não no futebol, mas no handebol. A disputa da medalha de ouro do masculino, que começa às 13h de Brasília, entre brasileiros e argentinos, promete ferver o ginásio.
Além da tradicional rivalidade entre as duas equipes, vale uma vaga para a Olimpíada de Atenas. Quem perder não terá mais chance de ir aos Jogos de 2004.
""Nós nos preparamos durante um ano e meio para essa final", disse Marcelo Spínola, médico da Confederação Brasileira de Handebol. O técnico Alberto Rigolo vai na mesma linha. ""Nos últimos seis, sete anos, sempre que pegamos os argentinos, uma das duas equipes ganha por um ou dois gols de diferença", declarou.
Ele lembrou que em Winnipeg o Brasil superou a Argentina às duras custas nas semifinais.
""Foi na prorrogação. Aí passamos para a final, mas perdemos para Cuba", recorda o técnico.
Nos dois últimos campeonatos, no entanto, a Argentina levou a melhor. Os rivais conquistaram o Pan da modalidade e os Jogos Sul-Americanos, ambos em 2002.
""Agora nem podemos pensar em derrota. É um jogo em que vale tudo. Vale pelo ouro, pela rivalidade, pela vingança das últimas competições e, principalmente, pela vaga para Atenas", afirmou Bruno Souza, 26, principal destaque do time e do torneio no Pan.
Um dos poucos atletas que conseguem viver apenas do handebol -joga pelo Goppingen, da Alemanha-, o armador sonha em um dia ver o esporte mais difundido no Brasil. ""Lá em Goppingen é o esporte número um. Seria bom que um dia [no Brasil], como acontece na Europa, um jogador pudesse viver do handebol."
Já os argentinos, que treinaram ontem cedo, não quiseram dar declarações à imprensa. Pediram para a segurança retirar jornalistas brasileiros do treino e avisaram que só falam depois da partida. Com o ouro ou com a prata.
No feminino, a decisão, que será disputada amanhã, também envolve Brasil e Argentina, mas não é revestida de tanta rivalidade, já que as atletas nacionais são tecnicamente superiores. (EO, GR E JCA)


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