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Juíza condena
0900 de Farah
com Marcelinho
DA REPORTAGEM LOCAL
Eduardo José Farah, que está
tendo problemas para intermediar o retorno de Marcelinho
ao Corinthians, tem outra dor
de cabeça em relação ao atleta.
Um dos idealizadores do Disque-Marcelinho, criado no início de 1998 para cobrir parte
dos gastos da federação paulista para transferi-lo da Espanha
ao Brasil, o presidente da Federação Paulista viu a promoção
sofrer nova derrota na Justiça.
Sentença da juíza Giselle de
Amaro e França, da 20ª Vara
Cível Federal de São Paulo, determinou a ""restituição de todos os valores arrecadados em
decorrência das ligações telefônicas efetuadas para participação nos sorteios realizados, devidamente corrigidos e acrescidos de juros de mora". Entre
eles, o Disque-Marcelinho.
""Todos os sorteios 0900, inclusive o Disque-Marcelinho,
foram realizados ao arrepio da
legislação, impondo-se a sua
anulação e a devolução de todos os valores arrecadados a tal
título, com juros e atualização
monetária", afirmou.
A FPF encomendou a promoção à TV Bandeirantes,
imaginando que pudesse receber até R$ 15 milhões para adquirir os direitos federativos do
atleta e depois transferi-lo para
um dos grandes paulistas.
No final, o faturamento bruto
foi de cerca de R$ 1,5 milhão,
dos quais R$ 500 mil seriam
destinados à federação -a entidade diz que até agora não recebeu nada e que o dinheiro teria sido repartido entre a Loterj
-loteria do Rio-, a Bandeirantes e a Embratel, que totalizou os votos.
O Disque-Marcelinho também está sendo investigado pela polícia, pois teria havido falsificação dos dados passados
ao público para estimulá-lo a
continuar votando -ligando
para números com prefixo
0900, o torcedor, ao votar em
seu clube, autorizava o débito
de R$ 3 na conta telefônica.
O meia-atacante, que tem
evitado se pronunciar sobre a
promoção que o trouxe de volta ao Brasil, em 1998, teve um
encontro anteontem, na sede
da federação, com Antonio Roque Citadini, vice de futebol do
Corinthians, e Alberto Dualib,
o presidente do clube.
Foi chamado para uma conversa com Farah e, ao chegar à
FPF, deparou-se com Citadini e
Dualib, que também não sabiam que o atleta estaria lá.
Apesar de se dizerem constrangidos, os dirigentes aceitaram conversar com Marcelinho, que consideram "patrimônio do clube".
Segundo assessores do atleta,
ele recusou proposta para voltar ao Parque São Jorge, já que
teria de retirar ação trabalhista
contra o clube, mas não descarta fazê-lo num futuro próximo.
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