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O PERSONAGEM
Ministro vê fim de rivais
da Sucursal de Brasília
O ministro Edson Arantes do
Nascimento, o Pelé, disse ontem que o lobby de Ricardo
Teixeira, presidente da CBF,
contra o seu projeto não adiantou. "(A proposta) vai acabar
com a perpetuação deles no
poder." Em entrevista à Folha,
mostrou entusiasmo com a experiência de enfrentar uma votação no Congresso. "Dá vontade de escrever um livro."
Após da aprovação, ele conversou com o presidente Fernando Henrique Cardoso e
com Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), presidente do
Congresso. "Eles disseram que
foi mais um gol de placa." A
seguir, os principais trechos da
entrevista de Pelé concedida à
Folha.
(AG)
Folha - Como foi a experiência do corpo-a-corpo no Congresso?
Pelé- Estávamos até brincando sobre isso (em almoço
com o assessor Hélio Viana e
com Ronaldo Cézar Coelho, deputado do PSDB-RJ). Dá vontade de escrever um livro. Tem
de ter uma biografia sobre o
Pelé político.
Folha - O projeto sofreu muitas críticas. Como o governo
vai atender a todas as recomendações?
Pelé- O que for para melhorar o projeto vamos fazer. Não
nos comprometemos a tirar
nada. Vamos discutir (na sanção e regulamentação da lei).
Folha - Muitas das críticas foram em relação aos bingos. O
assunto pode ser vetado na
sanção?
Pelé- Dentro das regras
propostas, o bingo deve continuar. Tem coisas de que não dá
para abrir mão. A taxação sobre o bingo precisa sair do bruto, e não da renda líquida.
Folha - O senhor foi criticado
na tramitação do projeto...
Pelé- Não adiantou o Ricardo Teixeira fazer o lobby dele.
O que é importante é que a lei é
para o Brasil. Vai acabar com a
perpetuação deles no poder.
Folha - O senhor está incluindo o presidente da Fifa, João
Havelange, nessa crítica?
Pelé- Sim, estou incluindo.
O Pelé está acima de toda essa
discussão política.
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