da Reportagem Local

Hexacampeão da NBA nos anos 90, o Chicago Bulls chegou ao fundo do poço. Anteontem à noite, o time registrou o menor número de pontos em um jogo da história "moderna" da liga de basquete.
Atuando em seu próprio ginásio, o United Center, os Bulls conseguiram anotar só 49 pontos na derrota para o Miami Heat, que fez 82.
A marca negativa anterior, 54 pontos, pertencia ao Utah Jazz -ironicamente, registrada diante do Chicago, em junho de 1998.
Nos sete primeiros anos de vida da NBA, eram comuns os placares baixos. O time não soltava a bola, pouco arriscava no ataque e fazia no máximo 20 pontos. Em 1954, porém, com a introdução do limite de 24 segundos para que fosse feito o arremesso à cesta, a pontuação explodiu. Estatisticamente, é esse período de 45 anos que importa para a liga norte-americana.
Os Bulls quase bateram outro recorde, o de pontaria. Converteram apenas 23,4% dos arremessos, por pouco não derrubando a marca de 22,9%, do Milwaukee, de 1954.
O vexame é resultado do desmanche dos Bulls. No vácuo da aposentadoria de Michael Jordan, o melhor jogador de todos os tempos, outros sete atletas deixaram o time antes da temporada. A diretoria do Chicago resolvera "sacrificar" o ano, disputar o campeonato com jogadores desconhecidos e limpar a folha de pagamentos para reconstruir a equipe em 2000.
"Eu não sei o que Michael diria disso", lamentou Ron Harper, um dos remanescentes do time-base que dominou a NBA nesta década -o outro é Toni Kukoc. Harper marcou 6 pontos; Kukoc, 10.
Sozinho, em sua carreira, Jordan havia marcado mais de 49 pontos em 37 oportunidades.
O técnico Pat Riley, do Miami, tentou ser diplomático. Mas seus jogadores admitiram que a humilhação serviu de motivação -e divertimento- anteontem.


Texto Anterior: Basquete: Santo André joga hoje por título inédito
Próximo Texto: Vôlei: Bloqueio forte dá vantagem à Uniban
Índice