CIDA SANTOS

Na Superliga, a pergunta é: quem há de parar Gilson, o superatacante da Ulbra? Nas três últimas partidas, duas contra o Banespa nas semifinais e uma contra o Suzano válida pela decisão do título, ele marcou 89 pontos, uma média de quase 30 por jogo. Mais: das 121 bolas que bateu, colocou 79 no chão.
A Ulbra, que na fase de classificação andou tropeçando, ganhou novo rumo desde a chegada de Gilson, que estava no Japão. Famoso pela força, a novidade em Gilson é a velocidade. Ele está bem mais veloz do que na temporada passada.
No sábado, o que também chamou a atenção foi o saque da Ulbra, que destruiu o passe de Suzano e garantiu a vitória por 3 sets a 1. Amanhã, os dois times se enfrentam em Canoas. E nestas finais, o cenário não importa muito. O Suzano é um time guerreiro: eliminou o Olympikus no Rio de Janeiro. Aliás, depois do jogo contra o Olympikus, a série de entrevistas da turma de Suzano para a Sportv foi uma das mais ácidas da história do vôlei. O técnico Ricardo Navajas explicou a vitória com uma frase: "Eu trabalho melhor do que Renan". O atacante Cristal seguiu a mesma linha: "Quero parabenizar meu amigo Douglas, do Olympikus, que ele foi fundamental para a minha vitória".
Batalhas à parte, o certo é que a derrota do Olympikus levou Renan a decidir dar um tempo na carreira de seis anos de técnico. Ele diz que está cansado das pressões desde sua vida de jogador, passando pelo trabalho como técnico e por problemas pessoais nos últimos dois anos com a saúde do seu filho. Renan vai morar em Florianópolis. Já tem planos. Junto com Bernardinho e Montanaro vai criar a Liga Sul, torneio com equipes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A Liga deve entrar em ação no segundo semestre e terá novo formato. O prêmio para o campeão, por exemplo, não será troféu, mas dinheiro.

E-mail: cidasan@uol.com.br

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