DA REPORTAGEM LOCAL

A casualidade fez com que o vencedor da 6ª Maratona de São Paulo, disputada ontem nas ruas da capital paulista, fosse o queniano David Ngetch, que nem era apontado como favorito. Ngetch, aliás, disputou a prova paulistana por um mero acaso.
"Eu iria participar de uma corrida no domingo passado em San Diego, nos Estados Unidos, mas não consegui o visto de entrada. Então, como já estava na América, resolvi vir participar da prova em São Paulo", contou Ngetch, que terminou o percurso de 42.195 km em 2h15min21s.
A Maratona de São Paulo reuniu 8.132 atletas, sendo 7.492 homens e 640 mulheres.
Em uma prova cheia de surpresas, a segunda colocação ficou com o brasileiro Alex Januário, que esteve na ponta em boa parte da corrida. Januário, que corria médias distâncias, fez ontem a sua estréia em provas mais longas.
"Fazia provas de 5.000 m e comecei a disputar meia-maratona com receio. Este ano competi na Maratona de Revezamento, no Rio, com Eder Fialho, fazendo 21 km cada, e me saí bem. Meu técnico (Henrique Viana) falou para correr até onde aguentasse. Mas estava me sentindo bem e fui embora", afirmou Alex.
A prova começou com a liderança de Márcio Melchíades, que depois cedeu a posição para Erich Trapp. Depois de 32 minutos de corrida, Januário tomou a dianteira, só perdendo o primeiro lugar para Ngetch quando faltavam pouco menos de 5 km para terminar a prova.
Os favoritos da maratona tiveram um desempenho pífio. O queniano Paul Yego, vencedor do ano passado, terminou em terceiro lugar. Seu compatriota Kipkemboi Cheruiyot e mais os brasileiros Luís Antônio dos Santos e Carlos Ramos nem sequer ficaram entre os cinco primeiros colocados.
O mau desempenho dos favoritos fez com que o próprio Ngetch ficasse surpreso com a vitória.
"A estratégia que procurei utilizar foi atacar os primeiros colocados no 30º quilômetro. Procurei impor o ritmo, mas sem saber se tinha condições de vencer, pois era mais uma estratégia de treino. Confesso que não esperava ganhar a prova", admitiu.
No feminino, a vitória ficou, pelo segundo ano consecutivo, com a brasileira Márcia Narloch. Em segundo lugar ficou a queniana Nora Moragof.
Narloch terminou a prova com o tempo de 2h40min15s. A polonesa Violeta Kryza foi a terceira colocada na prova de ontem.
"A prova foi difícil, principalmente depois que a temperatura ficou alta. Vou dar um tempo em maratona e quero disputar provas mais curtas", disse Narloch.


Texto Anterior: Futebol: Fla vence Vasco e pode perder de dois gols para ser bi
Próximo Texto: Vôlei - Cida Santos: A força do saque
Índice