São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2001

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FUTEBOL

Time paulista bate o Flamengo por 3 a 2, mas fica sem a Copa dos Campeões e a vaga no interclubes sul-americano

São Paulo cai à beira da Taça Libertadores

Ernesto Rodrigues/Folha Imagem
Cássio, do Flamengo, que conquistou a Copa dos Campeões ontem, disputa jogada com Belletti


RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A MACEIÓ

Pelo segundo ano seguido, o São Paulo ficou a um jogo da Libertadores da América. A equipe bateu por 3 a 2 o Flamengo, ontem, na decisão da Copa dos Campeões, mas o resultado deu o título para o time carioca, que venceu a primeira partida por 5 a 3.
No ano passado, o São Paulo caiu na final da Copa do Brasil diante do Cruzeiro, no Mineirão. Desde 1994, a equipe paulista não disputa a Libertadores, o principal interclubes da América.
Com o título, o Flamengo volta à Libertadores, torneio que não joga desde 1993. Além disso, o time está garantido na próxima Copa dos Campeões -no ano que vem, a competição passará a contar com 16 participantes.
O Flamengo, em clima de ""já ganhou" após os 5 a 3 na primeira partida entre os dois times na Paraíba, esteve apoiado por sua grande torcida, que ocupou cerca de 80% do estádio Rei Pelé.
Os jogadores flamenguistas entraram em campo de mãos dadas, lembrando a seleção brasileira tetracampeã mundial em 1994 -a seleção, na ocasião, tinha Zagallo como coordenador técnico.
Já o São Paulo, além de precisar tirar a boa vantagem carioca, tentava superar crise interna com a possível saída do goleiro Rogério do clube -amanhã, o jogador deve anunciar se fica no clube.
Diferentemente da primeira partida, com oito gols e várias chances, os times apostaram ontem em um jogo mais cadenciado. Quem levou a melhor com o ritmo pouco frenético no início da partida foi o São Paulo. Com uma marcação forte, o time paulista conseguiu neutralizar o ataque do Flamengo no primeiro tempo.
A equipe do técnico Nelsinho fez as primeiras oito faltas da partida. O Flamengo, amparado na vantagem de dois gols que tinha, não jogou em grande velocidade.
A defesa são-paulina, superada com facilidade pelos flamenguistas na primeira partida, mostrou mais segurança. A dupla de zaga formada por Rogério Pinheiro e Jean teve mais sucesso na marcação do meia-atacante Edílson.
A escalação mais ofensiva do time paulista fez com que os laterais flamenguistas pouco arriscassem no ataque. Com o jogo concentrado pelo meio, o Flamengo teve dificuldade para criar jogadas e esperou os contra-ataques.
Na única grande chance da equipe de Zagallo no primeiro tempo, Rogério salvou chute de Rocha quase da pequena área.
Mantendo mais a posse de bola, o São Paulo foi sempre perigoso. A equipe teve várias chances em cobranças de escanteio, mas não aproveitou esse tipo de jogada como na primeira partida -dois gols são-paulinos em João Pessoa saíram após escanteios.
Kaká, a grande aposta de Nelsinho, confirmou a fama de jogador de decisão. Ele driblou Gamarra e colocou no ângulo do goleiro, deixando o São Paulo em vantagem -no Rio-SP, fez os dois gols da final- e dando esperança para os torcedores são-paulinos.
No segundo tempo, porém, foi questão de segundos para a vantagem são-paulina no placar ruir. Em jogadas de bola parada, o Flamengo virou o marcador. Primeiro, em uma cabeçada de Juan após cobrança de falta aos 2min. Depois, em uma falta magistral cobrada pelo iugoslavo Petkovic.
Os dois gols no começo da segunda etapa desmontaram o time de Nelsinho. Luis Fabiano, nervoso, foi expulso por reclamação.
O São Paulo ainda conseguiu empatar em 2 a 2 em uma cobrança de pênalti e virar o placar para 3 a 2 em um chute de fora da área, com gols de França -o atacante soma 142 gols pelo clube-, mas, mais uma vez, ficou à beira da Libertadores. No Brasileiro, o São Paulo terá a última chance em 2001 de voltar ao torneio.



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