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São Paulo, sábado, 12 de julho de 2003
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VÔLEI Se derrotar os tchecos hoje, em semifinal da Liga Mundial, técnico chega à nona decisão seguida no comando do Brasil Bernardinho tenta manter sina de finais
MARIANA LAJOLO DA REPORTAGEM LOCAL Uma final a cada torneio. A sentença tem se repetido desde que Bernardo de Rocha Rezende assumiu a seleção masculina. Em pouco mais de dois anos e meio de trabalho, o treinador levou a equipe nacional à decisão em oito competições em que esteve. Até agora, foram sete títulos conquistados e dois vice-campeonatos -um deles na Copa dos Campeões de 2001, disputada no sistema de pontos corridos e que, portanto, não teve uma final. Hoje, Bernardinho, 43, tenta seguir a toada e classificar o Brasil para a nona final seguida sob seu comando, a terceira da Liga Mundial. Nunca um treinador havia conseguido aproveitamento tão expressivo à frente da seleção masculina de vôlei. Para chegar a essa marca, o time nacional terá de passar pela República Tcheca, às 8h30, em Madri (Espanha). A outra semifinal é Itália x Sérvia e Montenegro. O técnico brasileiro aposta no resultado das estafantes horas de treino e nas sonoras broncas que os jogadores enfrentaram sob seu comando, antes e durante o torneio, para voltar à quadra amanhã em busca do tricampeonato. "O time vem jogando como realmente se esperava que jogasse. Apresentamos um nível de excelência considerável, principalmente na partida contra a Rússia [na quarta-feira] e nos dois primeiros sets com a Itália [anteontem]", afirmou o treinador. Segundo ele, uma prova da evolução da equipe é o fato de o Brasil não depender demais do ataque para fechar as partidas. Contra os italianos, por exemplo, a seleção marcou 50 pontos no fundamento contra 56 dos rivais. "Aprendemos a deixar o outro time jogar. Não estamos fazendo uma revolução, mas tentando atuar de maneira diferente, nos adaptando ao vôlei jogado nos dias atuais", analisou. As estatísticas da Liga ratificam a avaliação do treinador. Em relação à primeira fase, o Brasil tem apresentado desempenho melhor em todos os fundamentos. No bloqueio, a equipe tem três jogadores entre os 20 melhores: Nalbert (quinto), Giba (13º) e André Nascimento (14º). Nenhum deles é meio-de-rede, jogador especialista na função. Na fase anterior, o primeiro brasileiro a figurar na lista era o meio Rodrigão, na longínqua 28ª colocação. O saque também evoluiu. Três atletas aparecem entre os dez melhores sacadores da Liga -Giovane (primeiro), Rodrigão (segundo) e André Nascimento (nono). Antes, Anderson liderava o ranking da seleção brasileira, mas era apenas o 33º no ranking geral. "Evoluímos bastante. Sabíamos da dificuldade que nos esperava nesta fase e começamos com muita disposição. Agora temos outro jogo perigoso pela frente", declarou Ricardinho, levantador titular da seleção nacional. O adversário do Brasil nas semifinais chegou à Liga deste ano como convidado para ocupar a vaga da Argentina, suspensa das competições internacionais. Vindo de um modesto 13º lugar no Mundial do ano passado, o time tcheco fez boa campanha até agora: dez vitórias e cinco derrotas. Os brasileiros venceram 13 partidas e perderam apenas duas. Na segunda fase, a República Tcheca acabou beneficiada pela formação das chaves. Tendo de enfrentar adversários mais fracos, como Grécia e Espanha, terminou em segundo do Grupo E, atrás de Sérvia e Montenegro. O principal destaque tcheco é Martin Lebl, 2,01 m, que jogou o último Italiano pelo Peruggia. "Ele se tornou o sonho de consumo de qualquer time italiano. Além de grande, é rápido e técnico, o que chamamos de braço de borracha", disse Bernardinho. Lebl é o melhor atacante da fase decisiva da Liga Mundial (51,1% de aproveitamento) e tem o segundo melhor bloqueio (marca, em média, 0,82 ponto por jogo). NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 8h30 Texto Anterior: Futebol - José Geraldo Couto: A fábrica de Diegos Próximo Texto: Personagem: Ricardinho busca 1ª decisão como novo cérebro Índice |
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