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Policiamento impede presença de barrabravas
dos enviados a Ciudad del Este
O superpoliciamento em torno
do estádio Tres de Febrero e na cidade paraguaia de Ciudad del Este impediu a ação dos barrabravas, torcedores violentos da Argentina, ontem.
Um contingente de 1.250 policiais -300 agentes a mais que nas
partidas da primeira fase- ficou
encarregado da segurança do jogo considerado de "alto risco".
A polícia conteve um princípio
de briga durante o jogo nas numeradas. Nas arquibancadas, foi
reforçado o cordão de isolamento
separando as duas torcidas.
Duas pessoas foram atendidas
pelo serviço médico do estádio
por estarem se sentindo mal.
O reforço veio das cidades de
Pedro Juan Caballero, com 250
policiais de fronteira, e de Assunção, com tanques antimotim.
Além de dar às autoridades paraguaias uma lista com nomes e
fotos de barrabravas, agentes argentinos especializados no assunto instalaram no estádio um sistema de vídeo para identificar os
torcedores violentos.
Estão no país-sede da Copa
América sete agentes da Polícia
Federal argentina.
Eles são liderados pelo subdelegado Darío Perrone, que fez função semelhante na Copa do Mundo da França, no ano passado, e
pelo delegado Adolfo Cimino,
que se especializou no tema por
trabalhar no bairro portenho da
Boca, onde está o tradicional estádio La Bombonera.
Até ontem, haviam sido identificados apenas dois barrabravas
no Paraguai.
Eles foram detidos durante distúrbios em Luque, cidade vizinha
a Assunção, durante o jogo contra
a Colômbia. Um era seguidor da
equipe do Independiente, e o outro, do Lanus.
""Nós temos totalmente identificados os barrabravas argentinos,
por isso é impossível que eles entrem ou permaneçam no estádio.
Eles são a torcida mais violenta da
América do Sul, mas vamos controlá-los", afirmou delegado Pablo Méndez, encarregado pela segurança em eventos esportivos de
Ciudad del Este.
O que se via dentro e fora do estádio Tres de Febrero ontem era a
predominância de brasileiros.
Como era de se esperar, houve
muita provocações, com bebidas
alcoólicas sendo vendidas próximo ao estádio, mas sem nenhum
incidente.
""Ei, ei, ei, Palermo é nosso rei" e
""Dá-lhe Colômbia" eram os gritos dos brasileiros em direção aos
argentinos, que respondiam o
tradicional ""Dale, dale, Argentina, dale, dale a ganar".
Também não foram registrados
problemas com os cambistas que
vendiam ingressos para a partida.
Eles cobravam US$ 50 pela entrada de arquibancada e US$ 80 pela
numerada.
Os ônibus com as duas seleções
foram escoltados por 600 policiais. O veículo com o time argentino teve escolta de agentes dos
três países. Afinal, ele saiu do hotel Cataratas, na localidade argentina de Puerto Iguazú, passou pela
brasileira Foz do Iguaçu e só aí foi
para o Paraguai. (AGz, JCA e RB)
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