São Paulo, Segunda-feira, 12 de Julho de 1999
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FUTEBOL
Goleiro defende seu segundo pênalti na Copa América; atacante faz gol da vitória e assume artilharia
Dida e Ronaldo decidem para o Brasil

da Reportagem Local

O goleiro Dida e o atacante Ronaldo foram os pontos de desequilíbrio a favor do Brasil na classificação para a semifinal da Copa América. De virada, os brasileiros bateram a Argentina por 2 a 1.
Dida defendeu seu segundo pênalti na competição, a 13 minutos do fim da partida. No jogo contra o Chile, o jogador já havia garantido a vitória (1 a 0) ao defender uma penalidade. Ronaldo, apesar de não ter feito uma grande partida, marcou o gol da vitória e assumiu a artilharia isolada do torneio, com quatro gols.
A partida de ontem era considerada a mais importante para a reafirmação de Ronaldo no futebol, um ano depois da final da Copa da França, quando ele viveu o pior momento de sua carreira.
A Argentina começou o jogo melhor, aproveitando-se das falhas da zaga brasileira.
O meio-campo do Brasil, com Emerson e Flávio Conceição, não conseguia conter os avanços dos rivais, que tabelavam e chegavam livres na entrada da área.
Os zagueiros João Carlos e Antônio Carlos eram envolvidos pelos atacantes argentinos com facilidade. Por duas vezes, logo nos dez minutos iniciais, a Argentina teve chances de abrir o placar.
O técnico Marcelo Bielsa, da Argentina, adiantou a marcação de sua equipe para o campo brasileiro, forçando Antônio Carlos a sair jogando com lançamentos. Sem Vampeta, o time de Luxemburgo não conseguia armar os ataques pela direita.
Rivaldo, pela esquerda, prendia muito a bola. Tanto que o jogador foi repreendido por Luxemburgo, que pediu mais objetividade em suas jogadas. No primeiro tempo, Rivaldo, ao lado de Ronaldo, foi o recordista em bola perdidas (desperdiçou oito lances).
O Brasil mostrava nervosismo, e sofreu o primeiro gol aos 11min. O ala-esquerdo Sorín arriscou da intermediária, a bola desviou em João Carlos e enganou Dida.
Amoroso e Ronaldo, isolados no ataque e bem marcados, pouco pegavam na bola.
A primeira real chance de gol do Brasil aconteceu apenas aos 20min. Rivaldo bateu forte, de longe, exigindo boa defesa do goleiro Burgos.
O mesmo Rivaldo empatou o jogo, aos 32min. O meia bateu falta com perfeição, no ângulo esquerdo de Burgos.
O Brasil virou logo aos 3min da segunda etapa. O gol veio depois de triangulação brasileira na intermediária. Emerson tocou para Zé Roberto, que só rolou para Ronaldo. O atacante bateu firme, rasteiro, sem chances para Burgos.
Aos 32min, o meia Beto, que acabara de entrar no lugar de Zé Roberto, fez pênalti. Ayala bateu rasteiro, no lado direito do gol, e Dida espalmou.


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