São Paulo, quarta, 12 de novembro de 1997.



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Argentino que golpeou Leão pede desculpas e sofre multa

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
enviado especial a Buenos Aires

O zagueiro Oscar Ruggeri, um dos principais protagonistas da batalha entre Lanús e Atlético-MG no primeiro jogo da decisão da Conmebol, pediu ontem desculpas aos brasileiros por sua atitude.
"Errei. Estava de cabeça quente e fiz o que não devia", reconheceu o jogador argentino.
"No momento, parti para cima do Jorginho para tirar satisfações, o Leão entrou para separar, mas meus companheiros reagiram mal, e deu no que deu."
Para a partida de volta, marcada para o dia 26, no Mineirão, em Belo Horizonte, a idéia de Ruggeri é não acompanhar a equipe.
Ele irá permanecer na Argentina.
"Acredito que minha presença no Brasil poderia causar revolta. Chega de confusão."
A direção do Lanús, no entanto, achou insuficiente o pedido de desculpas de Ruggeri e decidiu puni-lo com multa sobre o salário.
Além do zagueiro, outros cinco atletas da equipe que participaram da "guerra" serão multados.
O presidente José Chebel decidiu ainda demitir Carlos Recúpero e Carlos Benavidez, funcionários do Lanús responsáveis pela segurança, por terem entrado na briga.
O dirigente Carlos Miozzi, identificado como o agressor do técnico do clube mineiro, além de demitido, não poderá entrar no clube durante seis meses.
E, para piorar ainda mais sua situação, deverá responder processo por agressão, aberto pelo juiz Antonio Cilio.
"Mesmo que o próprio Leão não tenha feito a denúncia, temos as imagens da televisão como evidências", disse o juiz.
"A gente ganha e eles não aceitam. A integração pelo Mercosul é apenas por interesses financeiros, que não falam com o coração", comentou o técnico brasileiro.


Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte


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