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Argentino que golpeou Leão
pede desculpas e sofre multa
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
enviado especial a Buenos Aires
O zagueiro Oscar Ruggeri, um
dos principais protagonistas da
batalha entre Lanús e Atlético-MG
no primeiro jogo da decisão da
Conmebol, pediu ontem desculpas aos brasileiros por sua atitude.
"Errei. Estava de cabeça quente
e fiz o que não devia", reconheceu
o jogador argentino.
"No momento, parti para cima
do Jorginho para tirar satisfações,
o Leão entrou para separar, mas
meus companheiros reagiram
mal, e deu no que deu."
Para a partida de volta, marcada
para o dia 26, no Mineirão, em Belo Horizonte, a idéia de Ruggeri é
não acompanhar a equipe.
Ele irá permanecer na Argentina.
"Acredito que minha presença
no Brasil poderia causar revolta.
Chega de confusão."
A direção do Lanús, no entanto,
achou insuficiente o pedido de
desculpas de Ruggeri e decidiu puni-lo com multa sobre o salário.
Além do zagueiro, outros cinco
atletas da equipe que participaram
da "guerra" serão multados.
O presidente José Chebel decidiu
ainda demitir Carlos Recúpero e
Carlos Benavidez, funcionários do
Lanús responsáveis pela segurança, por terem entrado na briga.
O dirigente Carlos Miozzi, identificado como o agressor do técnico do clube mineiro, além de demitido, não poderá entrar no clube durante seis meses.
E, para piorar ainda mais sua situação, deverá responder processo por agressão, aberto pelo juiz
Antonio Cilio.
"Mesmo que o próprio Leão não
tenha feito a denúncia, temos as
imagens da televisão como evidências", disse o juiz.
"A gente ganha e eles não aceitam. A integração pelo Mercosul é
apenas por interesses financeiros,
que não falam com o coração", comentou o técnico brasileiro.
Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte
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