São Paulo, Domingo, 12 de Dezembro de 1999


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O PERSONAGEM 1
Luxemburgo impacienta Oliveira

da Reportagem Local

Quase um ano depois de ter cortado o "cordão umbilical" que o ligava a Wanderley Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira ainda parece não ter se livrado totalmente da imagem de auxiliar do atual técnico da seleção brasileira.
Quando questionado sobre o assunto, ele alterna elogios rasgados ao antecessor com irritação e evasivas.
Caso leve o Corinthians ao bicampeonato, Oliveira não será o único técnico do clube a conquistar um título importante durante o primeiro contrato profissional: em 1995, Eduardo Amorim levou a equipe à conquista da Copa do Brasil. (FV e PC)

Folha - Como você analisa o fato de os técnicos finalistas serem novatos na profissão?
Osvaldo de Oliveira -
É importante para os treinadores novos que nós tenhamos conseguido chegar até aqui, mas isso não é demérito nenhum para outros, que poderiam ter chegado também.

Folha - Você e o Humberto Ramos compunham a comissão técnica de seus antecessores. Em que medida isso ajuda no atual trabalho?
Oliveira -
Claro que ajuda, pois estamos dando sequência a um trabalho que já havia sido iniciado e que acompanhamos desde o início.

Folha - Que contribuição Wanderley Luxemburgo tem para o Corinthians ter chegado à essa final?
Oliveira -
Não posso dizer nada agora. Aqui no Brasil, ser vice ou ser último é a mesma coisa. Se formos campeões, repondo a sua pergunta.

Folha - Caso o Corinthians seja campeão, o seu time superará, em aproveitamento, a campanha do time do Luxemburgo no ano passado...
Oliveira -
Não tenho preocupação em superar ninguém, muito menos o Wanderley, que é o melhor treinador do Brasil.

Folha - Em 95, o Eduardo Amorim, estreando como técnico, foi campeão da Copa do Brasil com o Corinthians. O ambiente do clube favorece os novatos?
Oliveira -
O Carlinhos, no Flamengo, também foi campeão como novato (em 1992, no Brasileiro. Não foi, porém, a primeira experiência do técnico). É algo muito inconsistente para você dizer que é algo relativo ao clube.

Folha - Mesmo fazendo uma campanha razoável, Dario Pereyra, antecessor de Humberto Ramos, foi demitido. Como você vê o caso?
Oliveira -
Teria que ter mais subsídios para analisar a situação. Não acompanhei de perto a transição no Atlético.

Folha - Caso você estivesse na situação do Dario, o que teria feito?
Oliveira -
Agiria da mesma maneira que ele agiu. Juntaria as minhas coisas e iria embora. Conversei com o Humberto Ramos num programa de TV e ele elogiou o Dario.


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