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O PERSONAGEM 1
Luxemburgo
impacienta
Oliveira
da Reportagem Local
Quase um ano depois de ter
cortado o "cordão umbilical"
que o ligava a Wanderley Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira ainda parece não ter se livrado totalmente da imagem de
auxiliar do atual técnico da seleção brasileira.
Quando questionado sobre o
assunto, ele alterna elogios rasgados ao antecessor com irritação e evasivas.
Caso leve o Corinthians ao
bicampeonato, Oliveira não será o único técnico do clube a
conquistar um título importante durante o primeiro contrato profissional: em 1995,
Eduardo Amorim levou a equipe à conquista da Copa do Brasil.
(FV e PC)
Folha - Como você analisa o
fato de os técnicos finalistas
serem novatos na profissão?
Osvaldo de Oliveira - É importante para os treinadores
novos que nós tenhamos conseguido chegar até aqui, mas isso não é demérito nenhum para outros, que poderiam ter
chegado também.
Folha - Você e o Humberto
Ramos compunham a comissão técnica de seus antecessores. Em que medida isso
ajuda no atual trabalho?
Oliveira - Claro que ajuda,
pois estamos dando sequência
a um trabalho que já havia sido
iniciado e que acompanhamos
desde o início.
Folha - Que contribuição
Wanderley Luxemburgo tem
para o Corinthians ter chegado à essa final?
Oliveira - Não posso dizer
nada agora. Aqui no Brasil, ser
vice ou ser último é a mesma
coisa. Se formos campeões, repondo a sua pergunta.
Folha - Caso o Corinthians
seja campeão, o seu time superará, em aproveitamento, a
campanha do time do Luxemburgo no ano passado...
Oliveira - Não tenho preocupação em superar ninguém,
muito menos o Wanderley,
que é o melhor treinador do
Brasil.
Folha - Em 95, o Eduardo
Amorim, estreando como técnico, foi campeão da Copa do
Brasil com o Corinthians. O
ambiente do clube favorece
os novatos?
Oliveira - O Carlinhos, no
Flamengo, também foi campeão como novato (em 1992,
no Brasileiro. Não foi, porém, a
primeira experiência do técnico). É algo muito inconsistente
para você dizer que é algo relativo ao clube.
Folha - Mesmo fazendo uma
campanha razoável, Dario Pereyra, antecessor de Humberto Ramos, foi demitido. Como
você vê o caso?
Oliveira - Teria que ter mais
subsídios para analisar a situação. Não acompanhei de perto
a transição no Atlético.
Folha - Caso você estivesse
na situação do Dario, o que
teria feito?
Oliveira - Agiria da mesma
maneira que ele agiu. Juntaria
as minhas coisas e iria embora.
Conversei com o Humberto
Ramos num programa de TV e
ele elogiou o Dario.
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