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Queda do real brecou a farra de importados
DA REPORTAGEM LOCAL
A derrocada do real, iniciada em 1999, acabou com a
possibilidade de um Campeonato Brasileiro fortemente internacionalizado.
O pequeno contingente de
jogadores importados de
hoje não fica nem próximo
da realidade de 1998, a última temporada do torneio
em que a moeda nacional tinha valor próximo do dólar.
Naquele ano, nada menos
do que 15 estrangeiros disputaram o Brasileiro, número que caiu praticamente pela metade em 2002 e também agora, em 2003.
Apesar dos bons resultados obtidos no Brasileiro
que acaba domingo, os forasteiros trabalhando hoje
no país não tinham também
a fama e a diversidade da
turma de 1998.
Além de latino-americanos, o Nacional de cinco
anos atrás tinha atletas da
Europa, da Ásia e da África.
Os salários também eram
absurdamente maiores do
que os pagos hoje.
O meia-atacante sérvio
Petkovic, por exemplo, chegou a ganhar mais de R$ 400
mil mensais no Flamengo.
Nenhum dos estrangeiros
que milita atualmente no futebol brasileiro ganha 20%
desse valor.
Em 1998, a maioria dos estrangeiros tinha vencimentos indexados ao dólar, prática inexistente atualmente.
Os então corintianos Gamarra e Rincón recebiam,
cada um, cerca de US$ 80
mil. Quando o real começou
a se desvalorizar, o clube enfrentou dificuldades para
pagar o salário dos dois.
Para 2004, o futebol brasileiro só deve ter novos estrangeiros que já trabalharam no país. Um dos mais
cotados, principalmente entre os clubes paulistas, é o lateral paraguaio Arce, que estava no Japão.
(PC E RP)
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