UOL


São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Queda do real brecou a farra de importados

DA REPORTAGEM LOCAL

A derrocada do real, iniciada em 1999, acabou com a possibilidade de um Campeonato Brasileiro fortemente internacionalizado.
O pequeno contingente de jogadores importados de hoje não fica nem próximo da realidade de 1998, a última temporada do torneio em que a moeda nacional tinha valor próximo do dólar.
Naquele ano, nada menos do que 15 estrangeiros disputaram o Brasileiro, número que caiu praticamente pela metade em 2002 e também agora, em 2003.
Apesar dos bons resultados obtidos no Brasileiro que acaba domingo, os forasteiros trabalhando hoje no país não tinham também a fama e a diversidade da turma de 1998.
Além de latino-americanos, o Nacional de cinco anos atrás tinha atletas da Europa, da Ásia e da África.
Os salários também eram absurdamente maiores do que os pagos hoje.
O meia-atacante sérvio Petkovic, por exemplo, chegou a ganhar mais de R$ 400 mil mensais no Flamengo. Nenhum dos estrangeiros que milita atualmente no futebol brasileiro ganha 20% desse valor.
Em 1998, a maioria dos estrangeiros tinha vencimentos indexados ao dólar, prática inexistente atualmente.
Os então corintianos Gamarra e Rincón recebiam, cada um, cerca de US$ 80 mil. Quando o real começou a se desvalorizar, o clube enfrentou dificuldades para pagar o salário dos dois.
Para 2004, o futebol brasileiro só deve ter novos estrangeiros que já trabalharam no país. Um dos mais cotados, principalmente entre os clubes paulistas, é o lateral paraguaio Arce, que estava no Japão. (PC E RP)


Texto Anterior: Memória: Primeiro gol da competição foi de forasteiro
Próximo Texto: Boxe - Eduardo Ohata: Oportunidade perdida
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.