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MEMÓRIA
Na década de 60, equipe ensaiou fábrica de araque
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia de abrir equipes de
fachada em outros países para driblar a lei não é nova.
Já foi colocada em prática
pelo menos numa ocasião,
um caso célebre que foi revelado há apenas dois anos.
Em 1965, Jim Clark, uma
lenda do automobilismo,
conseguiu uma das maiores
vitórias de sua carreira nas
500 Milhas de Indianápolis.
Sua equipe, porém, não
era a Lotus, como todos
sempre imaginaram. Clark
correu pelo "Team Lotus
Overseas", companhia estabelecida na capital das Bahamas, Nassau, paraíso fiscal.
Dessa forma, o time, com
sede real em Cheshunt, na
Inglaterra, não precisou gastar um centavo dos prêmios
com os impostos britânicos.
A história está no livro
"Colin Chapman, Wayward
Genius" (em inglês, "gênio
imprevisível"), lançado em
2002, uma biografia do dono
da Lotus, outra lenda da F-1.
Segundo o autor, o jornalista Mike Lawrence, o
"Team Lotus Overseas" foi
fundado em 1963 como base
para todas as incursões de
Chapman no automobilismo americano. De acordo
com a documentação em
Nassau, os carros eram
montados em uma oficina
do Estado do Alabama.
O endereço, porém, era
fictício e até hoje não se sabe
onde ficava a garagem.
A "mudança" de equipes
para países fora da União
Européia não agradaria só à
F-1. As fábricas de cigarro
também apóiam a idéia.
Na Europa, a propaganda
tabagista já é proibida em
outdoors, pontos-de-venda
e nas TVs. A F-1 é, hoje, a
única saída para os fabricantes. No Brasil, a publicidade
de cigarro no GP está liberada até 30 de setembro do ano
que vem.
(FSX)
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