São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

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MEMÓRIA

Na década de 60, equipe ensaiou fábrica de araque

DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de abrir equipes de fachada em outros países para driblar a lei não é nova.
Já foi colocada em prática pelo menos numa ocasião, um caso célebre que foi revelado há apenas dois anos.
Em 1965, Jim Clark, uma lenda do automobilismo, conseguiu uma das maiores vitórias de sua carreira nas 500 Milhas de Indianápolis.
Sua equipe, porém, não era a Lotus, como todos sempre imaginaram. Clark correu pelo "Team Lotus Overseas", companhia estabelecida na capital das Bahamas, Nassau, paraíso fiscal.
Dessa forma, o time, com sede real em Cheshunt, na Inglaterra, não precisou gastar um centavo dos prêmios com os impostos britânicos.
A história está no livro "Colin Chapman, Wayward Genius" (em inglês, "gênio imprevisível"), lançado em 2002, uma biografia do dono da Lotus, outra lenda da F-1.
Segundo o autor, o jornalista Mike Lawrence, o "Team Lotus Overseas" foi fundado em 1963 como base para todas as incursões de Chapman no automobilismo americano. De acordo com a documentação em Nassau, os carros eram montados em uma oficina do Estado do Alabama.
O endereço, porém, era fictício e até hoje não se sabe onde ficava a garagem.
A "mudança" de equipes para países fora da União Européia não agradaria só à F-1. As fábricas de cigarro também apóiam a idéia.
Na Europa, a propaganda tabagista já é proibida em outdoors, pontos-de-venda e nas TVs. A F-1 é, hoje, a única saída para os fabricantes. No Brasil, a publicidade de cigarro no GP está liberada até 30 de setembro do ano que vem. (FSX)


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