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Corte de Atenas por e-mail é a maior mágoa
DA REPORTAGEM LOCAL
Maior que a mágoa pela
condição do futebol feminino no Brasil é o ressentimento de Sissi por não ter estado
na Olimpíada de Atenas, em
2004, quando o a seleção ganhou a prata inédita.
Questões burocráticas a
impediram de deixar os
EUA enquanto a seleção se
preparava para uma excursão na Europa que antecedeu o evento. Com isso, acabou cortada pelo técnico Renê Simões, de quem não esconde a amargura.
"No período de preparação do time, disse ao treinador que esperava um documento para deixar os EUA.
Ele falou que me aguardaria", explica a jogadora.
"Na época, falaram que eu
estava esnobando a seleção,
o que não era verdade. Expliquei tudo e achei que minhas justificativas haviam sido aceitas. Mas uma semana
antes de embarcar para o
Brasil recebi um e-mail do
Renê Simões, falando que eu
estava fora", relembra.
Hoje no comando do Vitória, Simões confirma parte
da história. Ele nega que tenha cortado a meia por e-mail. "Falei por telefone com
a irmã dela, que acompanhava a questão, várias vezes. O e-mail foi só para esclarecer minhas razões", diz.
Simões compara o corte de
Sissi à decisão de Luiz Felipe
Scolari de não levar Romário
à Copa de 2002. "Sei que a
Sissi não teve culpa por não
poder viajar para a preparação da seleção e nunca duvidei da condição técnica dela.
Minhas dúvidas eram sobre
sua capacidade de adaptação ao sistema de trabalho
que eu tentava implantar na
equipe", completa o treinador, que diz compreender o
ressentimento da jogadora.
Na Olimpíada, o Brasil
acabou derrotado na final
pelos EUA. "Vivo aqui e conheço as norte-americanas.
Não posso falar que teríamos vencido se eu estivesse
em campo. Mas certamente
acho que poderia ter acrescentado algo sobre as rivais",
acredita Sissi.(LF)
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