São Paulo, sábado, 13 de março de 2010 |
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MOTOR Aqui e lá
FÁBIO SEIXAS EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE UMA INFELIZ coincidência, também conhecida como falta de planejamento, marcou para um mesmo domingo, amanhã, as aberturas da F-1 e da Indy. O que, até pela volta da categoria americana ao país, quatro meses após um GP Brasil, cria uma provocação: é impossível não fazer comparações. "Será que eu posso ir ali no meio dos carros fotografar?", perguntou a amiga Fernanda Freixosa, ontem, no Anhembi. Sim, pode. E também pode puxar conversa com mecânicos, papear com pilotos no meio das garagens, caminhar pela pista, enfiar a cara no cockpit para checar os comandos do painel. Ou até sentar no chão, apoiar-se numa placa e tirar uma soneca sob o sol, o que a integrante de um time fazia ontem, sem ser incomodada. Mas a pergunta da fotógrafa tem (uma triste) razão de ser. Experimente entrar na área de uma equipe da F-1 e nunca mais pise num paddock da categoria. Tente falar com um piloto por mais de um rápido "olá" e entre para a lista negra de sua assessoria de imprensa. É reconfortante circular pelos bastidores de uma categoria de ponta sem um fiscal pendurado no seu crachá. Tecnicamente, porém, a balança já foi bem mais grata para os americanos. Uma pisada no freio até seria compreensível, porque a redução de custos fez parte da reestruturação de uma categoria que agonizava. Mas a Indy exagerou. Parou no tempo, estancou, estacionou. O chassi Dallara que correrá em São Paulo está em sua oitava temporada e tem linhas aerodinâmicas grosseiras, ultrapassadas: a asa dianteira trazida para o Anhembi mais lembra uma prateleira. O motor Honda é o mesmo, com discretas evoluções, desde 2006. Não há mais como crescer, o que desenvolver. Os mecânicos montam os carros de olhos fechados. Peças são jogadas no chão. Se houvesse segredos, os times não trabalhariam lado a lado, sem biombos. Ideal seria que uma categoria aprendesse com a outra. Mas não. Enquanto a F-1 ignora a Indy, a Indy foge de qualquer paralelo com a F-1. Neste ponto, ambas são iguais: estão na marcha a ré. EM SAKHIR Red Bull, Ferrari e McLaren vão andar na frente neste início de campeonato da F-1, mas na última hora podem ter ganhado a companhia da Mercedes. Rosberg andou bem ontem e tem um companheiro chamado Schumacher. Palpite sobre quem será o campeão? Alonso. EM SÃO PAULO A Penske sobrou nos testes realizados no Alabama, a única sessão coletiva antes da largada da temporada da Indy. Com seus três pilotos, cravou os três melhores tempos. Para campeão, o palpite da coluna segue o resultado de uma enquete da categoria que foi feita com os próprios pilotos: Castro Neves. fabioseixas.folha@uol.com.br Texto Anterior: Foco: Diretor-adjunto da prova tem 35 anos de carreira, mas é 0 km na categoria Próximo Texto: Depois de dez anos, Indy volta remendada ao país Índice |
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