São Paulo, sábado, 13 de maio de 2000


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+ESPORTE PRATIQUE Prática do nado sincronizado exige coordenação, força e graça

DA REPORTAGEM LOCAL

Combinação de coordenação de movimentos com musicalidade, o nado sincronizado exige do atleta flexibilidade, força muscular, principalmente nas pernas e nos braços, equilíbrio e graça.
Segundo a professora Daniela Mami, da academia Bioritmo, os interessados em praticar a modalidade ainda devem saber nadar muito bem.
"Flutuação com a barriga para cima e com a barriga para baixo e a posição vertical são as primeiras ensinadas. Para que elas sejam feitas corretamente, é necessário que a aluna saiba nadar, já que são usados o movimento das pernas do nado livre e outro similar a um do nado peito (estilos da natação)", afirmou Mami.
Apesar de todas estas exigências, as crianças, meninas a partir dos sete anos, são maioria nos cursos de nado sincronizada.
"De uma forma lúdica, é possível ensinar às crianças as técnicas obrigatórias. E, além disso, quem pretende competir deve começar cedo", disse Cláudia Marcos, que ensina a modalidade para meninas carentes do DF.
Além dos clubes, principalmente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, algumas academias, centros esportivos e federações estaduais de desportos aquáticos oferecem cursos de nado sincronizado.
Mais jovem das modalidades olímpicas de piscina, o nado sincronizado é originário do balé aquático, que não era considerado esporte pois priorizava a plasticidade e não a técnica dos movimentos, e estreou nos Jogos de Los Angeles, em 1984.
As competições da modalidade são divididas em duas categorias: figuras, a parte técnica com exercícios obrigatórios (veja quadro abaixo); e coreografias.
Podem competir equipes, dueto -as duas que constam no programa das Olimpíadas- e apenas uma atleta (solo).
Os julgamentos das apresentações levam em conta critérios técnicos e de impressão artística.
A música também é fundamental. Todos os movimentos (ritmo e coreografia) precisam estar de acordo com o tema selecionado.
Para facilitar o acompanhamento da música nas provas oficiais, são instaladas caixas de som subaquáticas nas piscinas.
As equipes costumam escolher músicas clássicas para suas apresentações, mas as gêmeas Isabela e Carolina Moraes, bronze nos Jogos Pan-Americanos do ano passado, inovaram. Escolheram o forró para sua apresentação em Winnipeg (Canadá).
Isabela e Carolina serão as únicas representantes brasileiras da modalidade na Olimpíada de Sydney-2000.
Elas ficaram em 14º lugar no Pré-Olímpico da categoria, que foi disputado mês passado, na Austrália. (MR)
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