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VÔLEI
O último duelo
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Quem diria, o Banespa inverteu a lógica: derrotou o
Telemig-Minas, por 3 sets a 1, em
pleno ginásio do Mineirinho lotado, com mais de 24 mil pessoas.
Com o resultado ficou tudo igual:
uma vitória para cada time. Pode
se preparar: sábado, as duas equipes voltam a se enfrentar no último duelo pelo título da Superliga.
O certo é que depois dessa façanha do Banespa não há mais favoritos. A equipe, que já tinha
uma derrota no primeiro jogo em
casa, superou a pressão de não
poder perder e não se abalou com
a força da torcida adversária. A
vitória no último confronto foi lucro, e o time ganhou confiança.
A pressão agora está toda em cima do Minas, dono da melhor
campanha do torneio e base da
seleção brasileira. O time vai jogar de novo no Mineirinho, com a
obrigação de ganhar e com o peso
de um tabu: nunca conseguiu
conquistar um título em casa.
Na última partida o que fez a
diferença foi a defesa do Banespa.
Bloqueio e defesa funcionaram
bem e possibilitaram a armação
de contra-ataques. O time do levantador Leandro também jogou
com mais velocidade. O destaque
foi Leo, o maior pontuador do jogo, com 19 pontos.
O certo é que o Minas também
tem o levantador Maurício. E, se
sábado ele estiver inspirado, tudo
vai ficar menos complicado para
o time mineiro.
A seleção cubana inicia novos
tempos. A ordem é começar de
novo. A partir de sexta-feira, fará
uma série de amistosos contra a
Venezuela para testar o novo time. A equipe na Liga Mundial
contará só com três jogadores experientes: o levantador Alain Roca e os atacantes Tomas Aldazábal e Pavel Pimienta.
Vai ser uma temporada difícil
para Cuba. Há seis meses, o time
conquistou o título da Copa dos
Campeões e era um dos favoritos
para o Mundial da Argentina, em
setembro. No final do ano passado, perdeu suas estrelas.
Os atacantes Ihosvany Hernandez, Angel Dennis, Leonel Marshall, Ramon Gato e o líbero Yasser Romero abandonaram a delegação e fugiram para a Itália. A
alternativa foi apostar na nova
geração, que terá uma missão
não muito fácil: na Liga Mundial,
está na mesma chave de Rússia,
Holanda e Alemanha.
A equipe está sendo dirigida
agora pelos integrantes da comissão técnica da seleção juvenil: Eliseu Ramos, Juan Leon e Ramon
Laurence. Depois dos amistosos
contra a Venezuela, o time irá para Portugal e Espanha.
A seleção feminina de Cuba
também passa por renovação. O
time está na Turquia para uma
série de amistosos com a seleção
local e a China. O primeiro grande torneio da temporada, inclusive para o Brasil, será a Volley
Masters, a antiga Copa BCV, a
partir do dia 4 de junho, na Suíça.
Pela relação de atletas inscritas
nesse torneio, Cuba jogará sem
Regla Torres e Marlenis Costa, as
duas jogadoras mais experientes
que restaram na equipe. Elas participaram dos treinos em Havana, mas não foram inscritas.
A Volley Masters será o principal teste para a central Nancy
Carrillo, de apenas 16 anos e 1,91
m. Ela integrou a seleção juvenil e
está sendo apontada como a sucessora de Regla Torres e Ana Ibis
Fernandez, as duas feras do meio-de-rede do time cubano, que foi
tricampeão olímpico em Sydney.
Italiano 1
O Modena é o novo campeão italiano. O time conquistou o título
ao vencer a equipe do Sisley Treviso, por 3 sets a 2 (parciais de 21/
25, 25/19, 20/25, 25/15 e 20/18), no quarto jogo da série melhor de
cinco que definiria o campeão. O maior pontuador da equipe vencedora foi o russo Roman Iakovlev, que assinalou 25 pontos. Já o
maior pontuador da partida que definiu o Campeonato Italiano foi
outro atleta russo, Dimitri Fomin, atacante do Sisley Treviso. O jogador registrou 28 pontos na decisão.
Italiano 2
O Modena havia conquistado seu último título italiano em 1997. O
maior destaque da equipe campeã desta temporada, que nas semifinais eliminou o Ferrara, dos jogadores brasileiros Giba e Gustavo,
foi o levantador norte-americano Lloy Ball. A equipe titular nas finais contou também com Iakovlev, Giani, Cantagalli, Bovolenta,
Gardini e o líbero Pippi.
E-mail cidasan@uol.com.br
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