São Paulo, quinta, 13 de maio de 1999

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Justiça nega "alforria' a Dida, e passe segue preso ao Cruzeiro

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A Justiça do Trabalho negou ontem o passe livre reivindicado pelo goleiro Dida, em ação movida contra o Cruzeiro. O jogador alegou que foi tratado como "escravo" pelo clube, que o estaria impedindo de trabalhar em outro time.
Segundo as advogadas do jogador, ele teria direito ao passe livre porque o Cruzeiro não fez uma proposta de renovação do contrato após seu término -teria de ser feita 30 dias antes.
No entanto, o juiz João Roberto Borges, da 25ª Junta de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho, julgou improcedente a ação movida por Dida. As advogadas do goleiro informaram que vão recorrer da decisão.
Segundo a advogada Regina Ladeia, o juiz acatou, em sua sentença, a tese dos advogados do Cruzeiro, que alegaram que o contrato foi prorrogado por 60 dias, período em que ele serviu a seleção. Assim, a proposta de renovação teria sido apresentada a tempo.
O goleiro, no entanto, já tinha se desligado do Cruzeiro quando a proposta foi apresentada. Ontem, ele estava na Europa, onde vem treinando pelo Lugano, da Suíça.
Dida esteve em Belo Horizonte para audiência no início da semana e disse que iria até o presidente Fernando Henrique Cardoso se for preciso, para ter passe livre.
O Milan, da Itália, que precisava de um substituto para o goleiro Rossi, chegou a iniciar as negociações com o Cruzeiro, mas considerou alto o valor exigido pelo jogador, R$ 4,5 milhões.
As chances de que o Milan pagar um alto valor pelo passe diminuíram nas últimas semanas, com as atuações do ex-reserva de Rossi, Abbiati, que vem sendo elogiado.
Em audiência realizada na segunda-feira, o Cruzeiro reduziu o valor do passe do jogador para US$ 3 milhões. O goleiro é dono de 40% do passe.



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