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Justiça nega "alforria' a Dida, e passe segue preso ao Cruzeiro
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A Justiça do Trabalho negou ontem o passe livre reivindicado pelo
goleiro Dida, em ação movida contra o Cruzeiro. O jogador alegou
que foi tratado como "escravo" pelo clube, que o estaria impedindo
de trabalhar em outro time.
Segundo as advogadas do jogador, ele teria direito ao passe livre
porque o Cruzeiro não fez uma
proposta de renovação do contrato após seu término -teria de ser
feita 30 dias antes.
No entanto, o juiz João Roberto
Borges, da 25ª Junta de Conciliação e Julgamento da Justiça do
Trabalho, julgou improcedente a
ação movida por Dida. As advogadas do goleiro informaram que
vão recorrer da decisão.
Segundo a advogada Regina Ladeia, o juiz acatou, em sua sentença, a tese dos advogados do Cruzeiro, que alegaram que o contrato foi
prorrogado por 60 dias, período
em que ele serviu a seleção. Assim,
a proposta de renovação teria sido
apresentada a tempo.
O goleiro, no entanto, já tinha se
desligado do Cruzeiro quando a
proposta foi apresentada. Ontem,
ele estava na Europa, onde vem
treinando pelo Lugano, da Suíça.
Dida esteve em Belo Horizonte
para audiência no início da semana e disse que iria até o presidente
Fernando Henrique Cardoso se for
preciso, para ter passe livre.
O Milan, da Itália, que precisava
de um substituto para o goleiro
Rossi, chegou a iniciar as negociações com o Cruzeiro, mas considerou alto o valor exigido pelo jogador, R$ 4,5 milhões.
As chances de que o Milan pagar
um alto valor pelo passe diminuíram nas últimas semanas, com as
atuações do ex-reserva de Rossi,
Abbiati, que vem sendo elogiado.
Em audiência realizada na segunda-feira, o Cruzeiro reduziu o
valor do passe do jogador para US$
3 milhões. O goleiro é dono de 40%
do passe.
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