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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
O time é o problema
O PRIMEIRO gol do São Paulo nasceu de um lançamento brilhante de Miranda, para Marlos. O
segundo, de uma arrancada do zagueiro tricolor, que acabou em pênalti. Na semana
passada, o maior problema tricolor era ajeitar a defesa, que expôs defeitos individuais
com apenas dois zagueiros.
Ontem, as atuações de Jean
Rolt e Renato Silva foram péssimas. Mas o grande problema foi montar o ataque.
E o maior erro, isolar Borges. Washington no banco,
Dagoberto suspenso e a ideia
geral agora é que nenhum dos
dois serve para ser o parceiro
de Borges. E, então, Ricardo
Gomes escala Marlos como
segundo atacante, Hugo como
meia de ligação, e este é rapidamente anulado pela marcação de... Leonardo Moura.
Quando Léo Moura, como
segundo volante, deixa a impressão de que não deixou o
armador adversário jogar, pode acreditar: o meia são-paulino anulou a si próprio.
Até as semifinais do Paulistão, ninguém tinha dúvida ao
responder quem tinha melhor elenco, entre Corinthians e São Paulo. O tricolor
dava de goleada. Faz só três
meses e a sensação geral é de
que o elenco são-paulino tem
deficiências incorrigíveis.
Que Júnior César, Arouca,
Washington, Hugo e Hernanes não servem.
Ninguém discute que nenhum deles tem jogado nada.
Nem que Cristian, Elias e Jorge Henrique viraram jogadores do time mais sólido do futebol brasileiro -à parte a
derrota sofrida ontem.
Nem os jogadores do São
Paulo viraram brucutus, nem
os corintianos se transformaram em craques. A princesa
que beijou o sapo corintiano e
transformou a todos em príncipes chama-se "futebol coletivo". A bruxa que tornou os
são-paulinos sapos é a fragilidade do time, não do elenco.
Ontem, houve erros na defesa e no ataque. Até Miranda
largou Zé Roberto, para cobrir Júnior César, que não dava conta de marcar Everton
Silva, no primeiro tempo.
Abriu o meio para Adriano
evidenciar a fragilidade de
Jean Rolt e Renato Silva.
No ataque, a equipe era estática e morria na marcação.
Quem não esteve estático
foi Miranda, que participou
dos dois gols e foi o melhor da
partida. E se Miranda é o melhor atacante, o que está falhando é o time.
O DEDO NA FERIDA
Celso Roth foi o técnico da
rodada. Levava um banho
quando trocou o lateral-direito Marcos Rocha pelo atacante Alessandro. Deslocou
Éder Luís para a ala direita e
ganhou o jogo ali. O Atlético
acabou com um tabu de dois
anos e 12 jogos. Se o Cruzeiro
empatasse, seria o maior tabu da história do clássico.
DEFESA INVICTA
Pela primeira vez com Mano, o Corinthians levou três
gols de diferença. A última
derrota por vantagem tão
larga fora na estreia de Zé
Augusto, em agosto de 2007:
2 x 5 para o Atlético-MG.
Faltaram Chicão e William,
e foi fatal. Com a zaga titular,
o time não perde há 40 jogos:
29 vitórias e 11 empates.
ENQUANTO DER
O Palmeiras, a dois pontos do líder, tem um consenso em sua
diretoria: segurar Jorginho... Enquanto der. Isso pode significar
até o final do Campeonato Brasileiro, ou quando as derrotas começarem a pressionar. O problema é que todas as opções possíveis já foram, em algum momento da história, descartadas pela
diretoria. Zinho, Evair, técnico estrangeiro, Nelsinho Batista...
Até Jorginho, agora uma possibilidade, era verde demais na opinião dos dirigentes palmeirenses. Ou de menos.
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