São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2004

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Desafetos se reaproximam, e CBF garante patrocínio do Flamengo

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, se dispôs a abrir os cofres da entidade para tentar resolver o caos financeiro do Flamengo, dirigido por Marcio Braga, seu desafeto há mais de 15 anos.
Durante conversa por telefone realizada na tarde de ontem, Braga aceitou a ajuda de Teixeira.
Apesar de não terem falado em valores na conversa, o presidente do Flamengo vai pedir na segunda-feira cerca de R$ 2 milhões. A quantia será usada para pagar a dívida do clube com o INSS, que está emperrando a renovação do contrato com a Petrobras.
Anteontem, Braga havia declarado que o Flamengo estava entrando em estado de insolvência por causa da crise econômica na Gávea. Desde o dia 6, o clube está impedido pela Justiça Federal de assinar o novo contrato de patrocínio com a estatal.
Para conseguir a liminar, o procurador Flávio Paixão de Moura Souza alegou que a Constituição Federal e a lei 8.666/93, que trata das licitações governamentais, não permitem que o Poder Público firme contratos com empresas em situação fiscal irregular.
Atualmente, a Petrobras exige que o clube apresente uma certidão negativa do INSS para renovar o acordo. Os dirigentes do Flamengo dizem que terão que pagar R$ 1,8 milhão para conseguir a certidão. "Vou aceitar sem problemas a ajuda da CBF. Ele [Teixeira] já deu dinheiro ao Vasco, ao Corinthians, ao Palmeiras e à Federação do Rio. Por isso, não vejo nada demais", disse Braga, que se reaproximou de Teixeira na semana passada.
Os dois se encontraram na sede da CBF há uma semana para discutir um projeto de reformulação do futebol. Mesmo assim, evitaram dizer que agora são aliados.
Neste ano, a Petrobras concordou em pagar R$ 1 milhão por mês ao Flamengo pelo patrocínio.
No final da tarde de ontem, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), decidiu repassar R$ 2,5 milhões ao clube carioca, que deve usar o dinheiro para construir um centro de treinamento.


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