RODRIGO BUENO
As decisões mais importantes do Comitê Executivo da Fifa já tomaram bom espaço na mídia nos últimos dias. Cabe a esta coluna tratar de alguns dos pontos, encarados como amenidades, que ainda não foram devidamente esmiuçados.
Como a administração Blatter tem sido marcada mais pelo ataque aos clubes, a Fifa determinou (além dos limites de meses de atuação e do número de times nas primeiras divisões) que uma equipe não poderá mais contratar jogadores se tiver dívidas pendentes.
É o caso do Racing, que não foi lembrado na coluna da semana passada tamanha era a certeza de que estaria em campo hoje.
Um dos 25 pontos discutidos pelo comitê foi a publicidade virtual, tecnologia que deverá ser bem mais visível na Copa de 2002, mesmo estando os asiáticos em dificuldade financeira.
A Fifa deu autorização para essa forma de propaganda, mas não durante os jogos. Antes, no intervalo e depois das partidas, porém, o círculo central do gramado e a grande área poderão ser ocupadas pela publicidade.
Outro tema paralelo que esteve em debate foi o futsal, que desde 1989 está sob a tutela da Fifa. A partir de agora, os jogadores de futebol de campo e os de futsal poderão ser registrados oficialmente na mesma federação.
Com isso, teoricamente, Ronaldinho poderia defender a seleção brasileira de futsal no Mundial do ano que vem, que pode muito bem ser disputado no Brasil.
Sobre a utilização de dois árbitros em uma partida de futebol, a Fifa abriu as portas para todos os países que queiram fazer experiências com a nova regra.
O esperto presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah, se antecipou nesse assunto e teve pela primeira vez seu nome propagado pelo mundo como dirigente pioneiro e realizador.
Isso exemplifica bem que, com algumas amenidades, às vezes, conseguimos mais efeito ou repercussão do que com feitos aparentemente mais relevantes.


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