DA REPORTAGEM LOCAL

Dez dias depois de ter perdido a vaga na decisão do Campeonato Paulista, o Palmeiras ainda não digeriu esse fracasso.
E, para tentar compensar o tropeço no Estadual, a equipe do técnico Jair Picerni disputa com o Goiás, a partir de hoje, às 21h45, no estádio Serra Dourada, um lugar nas quartas-de-final da Copa do Brasil -desde de 2000 os palmeirenses não alcançam essa fase.
"Perder nas semifinais do Paulista foi doído, muito doído. Para mim, foi como perder um título", compara o técnico Jair Picerni.
O time tenta também apagar o vexame da eliminação na edição passada da Copa do Brasil, justamente nas oitavas-de-final.
A exemplo deste ano, o clima no Parque Antarctica era turbulento quando a equipe alcançou as oitavas em 2003. Naquela oportunidade, o clube ainda tentava digerir o rebaixamento para a Série B do Brasileiro, além de ter suas contratações para a temporada contestadas pela torcida.
O resultado de toda a pressão foi uma goleada para o Vitória (7 a 2) em pleno Parque Antarctica, na primeira partida, o que foi determinante para a saída do Palmeiras da competição.
Desta vez, os palmeirenses se dizem preparados para as cobranças. "Se perdermos, a cobrança vai ser muito grande. mas temos que usar essa pressão a nosso favor, para nos concentrarmos", explica o meia Pedrinho.
Com a eliminação de clubes como Vasco e Atlético-MG na fase anterior do torneio, o lado da chave do Palmeiras na Copa do Brasil ficou, teoricamente, mais fácil -além do time paulista e do Goiás, apenas o Guarani disputa a Série A do Nacional.
"É, mas na teoria também passaríamos pelo Paulista no Estadual", relembra Picerni.
"A gente foi teoricamente favorecido. Mas, às vezes, é melhor pegar um time de maior tradição, pois a concentração para o confronto é natural", diz Pedrinho.