|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Time desconta desvantagem de dois gols e empata em 3 a 3 com a Ponte
Botafogo, com garra e bolas
paradas, vai à final inédita
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um empate conseguido
aos 35min do segundo tempo, depois de ter estado perdendo por
dois gols de diferença, o Botafogo
conquistou o direito de disputar,
pela primeira vez na sua história,
uma final do Paulista.
O time de Ribeirão Preto empatou em 3 a 3 com a Ponte Preta,
em Campinas, e, por ter vencido
por 2 a 1 o primeiro jogo da semifinal, está na decisão, contra o poderoso Corinthians, do técnico
Wanderley Luxemburgo.
A conquista inédita do Botafogo
levou milhares de torcedores às
ruas de Ribeirão Preto, onde o
clube foi fundado em 1918.
"Foi incrível, tivemos tranquilidade para conseguir esse feito histórico", disse o técnico Lori Sandri, do Botafogo, após o jogo.
"Nossa equipe está de parabéns,
apesar de tudo. Vamos seguir trabalhando porque ainda temos a
Copa do Brasil", disse Nelsinho,
técnico da Ponte Preta.
Sandri, tranquilo, diz que a
equipe não teme o Corinthians.
"Estamos na disputa para vencer.
Na primeira vez que nos enfrentamos no Paulista, o Botafogo foi
mal [5 a 1 para o time da capital".
Dessa vez, espero poder devolver
alguma coisa para eles", disse.
O triunfo do Botafogo calou o
estádio Moisés Lucarelli, que estava lotado, e eliminou da final o
melhor time da primeira fase do
Campeonato Paulista.
A Ponte Preta, favorita para ficar com a vaga, terminou a fase
classificatória em primeiro lugar.
Já o Botafogo fez campanha irregular e acabou classificado à semifinal graças ao regulamento
deste ano, que previa a disputa de
um ponto extra nos jogos que terminassem empatados com gols.
Chegou à semifinal desacreditado, mas ganhou força com a vitória por 2 a 1 em Ribeirão Preto.
Na partida decisiva de ontem, o
Botafogo também teve que se superar, pois foi encurralado pela
Ponte Preta, que marcou logo no
início, aos 15min, com Washington. Nessa altura, o goleiro Doni
já havia defendido um pênalti, cobrado pelo mesmo Washington.
A defesa botafoguense não se
entendia, e a Ponte Preta dava sinais de que ganharia com facilidade. Quando faltavam 15 minutos
para o fim do primeiro tempo, o
jogo já estava 2 a 0 para a Ponte, já
que Washington havia driblado,
aos 29min, Doni e marcado seu
16º gol no Paulista. Ele é o artilheiro isolado da competição.
Se a defesa falhava, o meio-campo não criava, pois sentia a ausência de Luciano Ratinho, machucado. A sorte também parecia não
estar do lado do Botafogo. Aos
45min, Bell marcaria o primeiro
gol da equipe, mas o atacante Robert, impedido, decidiu tocar na
bola antes que ela entrasse.
"Foi reflexo", disse Robert.
O Botafogo deixou o gramado
no final da primeira etapa com
ares de que havia se entregado.
"Conversamos muito no vestiário. Vimos o que estava e errado e,
acima de tudo, prometemos uns
aos outros garra para buscar a
classificação", disse Doni.
A garra e as bolas paradas ajudaram o time de Ribeirão. César
marcou em cobrança de falta, aos
3min, mas Piá ampliou outra vez
a vantagem da Ponte, aos 10min.
Quando alguns torcedores campineiros já comemoravam, Augusto completou falta de cabeça e
diminuiu, aos 31min.
Quatro minutos depois, a classificação. Chris sofreu pênalti.
Leandro bateu e fez.
Ponte-pretanos choravam no
gramado e nas arquibancadas.
Texto Anterior: Menor Davi x maior Golias Próximo Texto: Fracasso em casa gera tumulto Índice
|