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Medo tira botafoguenses de jogo
DA FOLHA RIBEIRÃO
Por medo da violência, a torcida botafoguense compareceu em
número menor que o esperado no
estádio Moisés Lucarelli, ontem.
Dos 30 ônibus programados para a viagem a Campinas, apenas
cinco saíram de Ribeirão.
No total, 250 torcedores viajaram para assistir ao jogo mais importante do Botafogo no Paulista.
A viagem, prevista para durar cerca de três horas, demorou cinco.
Além de um pneu furar, as paradas em restaurantes e a revista da
polícia ao chegar em Campinas
contribuíram para o atraso.
"Esse papo de violência reduziu
o número de botafoguenses, que
ficaram com medo", afirmou Alberto Gonzaga da Silva Filho,
membro da Fiel Força Tricolor, a
única organizada do Botafogo.
A Folha acompanhou os botafoguenses ontem, desde a saída
em Ribeirão até o estádio Moisés
Lucarelli. Além do medo da violência, o Dia das Mães, o frio e a
chuva influenciaram o ânimo torcedores. Mas, segundo eles, esses
fatos não fariam diferença.
"Mesmo no Dia das Mães, não
dá para ficar em casa sabendo que
o Fogão está em campo em uma
semifinal", afirmou Silva Filho.
Segundo Márcio Junqueira de
Souza, o Terror, fundador e presidente da Fiel Força Tricolor, os
torcedores não tiveram nenhum
apoio da diretoria botafoguense
para se deslocar até Campinas.
Na cidade, ao avistar os ponte-pretanos, as ofensas foram inevitáveis. Logo no trevo de entrada,
quatro carros da polícia escoltaram os ônibus. Não houve incidentes até o início do jogo.
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